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O Dia internacional do Cooperativismo, ou CoopsDay, sempre realizado no primeiro sábado de julho, chega à 97ª edição. Em 2019, o tema é “Cooperativas por um trabalho digno”.
A comemoração data no Ceará vai ficar por conta da ação do Dia de Cooperar (Dia C), que vai reunir voluntários de cooperativas e outros parceiros na manhã deste sábado (6/7) na Praça do Ferreira, das 8h às 12h, com diversos serviços gratuitos à população.
O Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado pela primeira vez em 1923, foi instituído pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para confraternizar todos os povos ligados ao cooperativismo. A comemoração é o reconhecimento à contribuição do movimento em ajudar a solucionar os principais problemas enfrentados no planeta e fortalecer e ampliar as parcerias entre o movimento cooperativo internacional e outros atores. Em 1995 foi instituído o primeiro sábado de julho como o Dia Internacional das Cooperativas.
Desde 1995 a ACI e a ONU vem definindo os temas dessa celebração internacional. Esse ano, a temática ficou definida: “Cooperativas por um trabalho mais digno”. A escolha da temática do CoopsDay 2019 se apoia no 8º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: “Desenvolvimento inclusivo e trabalho decente”. O sistema socioeconômico que é o cooperativismo não visa só ao trabalho ou ao lucro. Tem como foco central as pessoas que estão dentro do sistema e busca, por meio de uma gestão democrática, reger as cooperativas de forma conjunta, com crescimento inclusivo e sustentável, priorizando o desenvolvimento humano e a justiça social no local de trabalho.
As cooperativas de todo mundo empregam ou são uma forte renda de mais de 279 milhões de pessoas – quase 10% do total da população trabalhadora do mundo. No Brasil, enquanto os diversos setores econômicos geraram 5% de postos de trabalho entre 2014 e 2018, as cooperativas, nesse mesmo período, geraram 18% de empregos, mais que o triplo do percentual dos outros setores.
A Cooperativa de Agricultura Familiar de Ocara recebeu na terça-feira, 2 de julho, um grupo de agricultores para uma manhã de aprendizados – o que a COOAF, como foi o seu processo de constituição, seus programas e projetos.
A Associação dos Agropecuaristas Beneficiadores de Castanha e Caju de Barreira (AABC), que conta com aproximadamente 60 associados, pretende dar um passo histórica em seus 24 anos de existência - transformar a associação em cooperativa. Para entender melhor como funciona esse sistema socioeconômico que é o cooperativismo e qual é quais processos seguir para virar cooperativa de forma legal, os agropecuaristas visitaram a COOAF, “da qual ouviram falar muito bem”. Para eles, a Cooperativa de Ocara é uma referência no modelo de negócio e administração.
Para Marli Oliveira, presidente da COOAF, “falar do Cooperativismo e do poder de transformação social e econômico que ele faz na vida das pessoas é muito gratificante”. E que “receber esse grupo e plantar a sementinha do Cooperativismo, e um dia ver os frutos vingarem será a melhor recompensa para a nossa cooperativa”. Os que fazem a COOAF querem mostrar que o Cooperativismo é um conjunto de ideias e atitudes que buscam transformar o mundo, a partir da melhoria de vida dos seus cooperados, em um lugar mais justo e com oportunidades iguais para todos.
A Visita
Para Dalila Felipe da AABC, a manhã de visita à Cooperativa de Ocara foi muito proveitosa. “Fomos muito bem recebidos, bem acolhidos. A conversa foi bastante agradável”. Os agropecuaristas saíram “bastante motivados”, dispostos a percorrerem o caminho que leva à constituição de uma cooperativa. “Já estamos dando os primeiros passos”, informa Dalila.
A presidente da COOAF falou, então, da importância do Sistema OCB-Sescoop/CE na constituição da futura cooperativa de Barreira. “Foi assim que aconteceu conosco. Tivemos todo o suporte do Sistema para a gente crescer”, acrescenta a Marli.
Cooperativismo e Projeto Agro
Para as cooperativas de agricultura familiar, uma das ações de acompanhamento do Sistema no estado é o Projeto Agro, que tem o objetivo de impulsionar os negócios das cooperativas agropecuárias por meio de quatro ações:
- Organização do Quadro Social em Núcleos de cooperados e comitês de produtos.
- Capacitação de participação, Nesta ação, entram os cursos e os programas nacionais PAGC, PDGC e GDA.
- Controles Econômicos. Saber exatamente as possibilidades e oportunidades de crescimento.
- Desenvolvimento do negócio cooperativista após a OQS, Capacitação e Finanças.
COOAF
A Cooperativa foi constituída no município de Ocara, a 104 km de Fortaleza, em maio de 2013. Possui mais de 35 cooperados e comercializam produtos da agricultura familiar junto à prefeitura do município e nas escolas estaduais de Aracoiaba, Ibaretama, Quixadá e Choró por meio do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).
Também chamado "Dia C", o maior evento de voluntariado cooperativista nacional acontece sábado, 6 de julho. Em Fortaleza, uma manhã de serviços prestados à comunidade e de atrações culturais celebra um evento que, na prática, comprova o impacto da cooperação na vida das pessoas. O sistema OCB-SESCOOP/CE convida todos à participação.
Dia C na capital cearense
O grande palco de cooperação, aqui, é a Praça do Ferreira, no Centro. De 8h às 12h, a vasta programação inclui serviços gratuitos de escovação e avaliação bucal, informações sobre DST, saúde da mulher e cadastramento de doação de medula, nutricionista, serviços de beleza, cadastramento de currículo, cadastro de emprego pelo IDT, emissão de bilhete único, cartão do idoso e bilhete infantil, educação financeira, abertura de microempresa, jogos de sustentabilidade e segurança do trabalho.
Atuarão cerca de 100 voluntários entre cooperativas e parceiros e beneficiarão mais de 3 mil pessoas. Entre as atrações culturais, o Projeto Saúde Bombeiros, as apresentações dos repentistas Guilherme Nobre e Zé Vicente, o músico e sambista Carlos Palhano e as cantoras Fernanda Kelly e Ana Talyta, jovens aprendizes do Instituto Unimed Fortaleza. Fechando o sábado festivo, o show do humorista piauiense João Cláudio Moreno.
"O propósito do Dia C é mostrar à sociedade o comprometimento das cooperativas com o desenvolvimento socioeconômico local", explica o presidente do Sistema OCB-SESCOOP/CE, Nicédio Nogueira. "Unindo esforços, elas formam uma grande corrente de voluntariado capaz de transformar a realidade de muita gente", acrescenta.
Para combater a extrema pobreza
São 10 anos de ações de igualdade social com a assinatura das cooperativas. Até agora, mais de 8 milhões de brasileiros foram beneficiados. Em 2018, cerca de 1.706 cooperativas participaram do Dia de Cooperar, com apoio de quase 120 mil voluntários; e mais de 2,2 milhões de atendimentos para a melhoria da qualidade de vida, saúde e educação das pessoas, em favor do meio ambiente. Os projetos estão alinhados a pelo menos 1 dos 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, tornando o Dia C um grande parceiro no alcance das metas pela erradicação da pobreza extrema até 2030. Só no Nordeste foram beneficiadas cerca de quase 190 mil pessoas impactando 96 municípios com as iniciativas de 193 cooperativas.
Serviço:
Sábado, 6 de julho de 2019
Das 8h às 12h, na Praça do Ferreira
Serviços gratuitos
O evento mais importante do setor no país ocorreu em maio e as trocas de experiências e aprendizados, algo duradouras, servirão de base para a construção do movimento mais fortalecido que se pretende para amanhã.
A 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, entre os dias 8 e 10/5, vai ficar para a história. Cerca de 1.300 pessoas reunidas no prédio do compexo Brasil 21, em Brasília, debateram o futuro do Cooperativismo do país na perspectiva de mostrar à sociedade a sua importância. Presentes ao grande evento personalidades mundiais e nacionais do Cooperativismo, representantes do Governo Federal, dirigentes e cooperados dos estados brasileiros, Embaixadores do Congresso, impressa e ouvintes. 40 cooperativistas do Ceará. Sinergia como nunca dantes vista.
A imersão profunda trouxe à discussão seis temáticas orientadoras, jogando-se luzes nas dimensões da Comunicação, Governança e Gestão, Intercooperação, Mercado, Inovação e Representação. A ideia é estabelecer novas estratégias de ação, mediante um aprendizado lastreado em cases de sucesso e a consequente exposição das diretrizes prioritárias a serem alcançadas nos próximos anos. Mais de 20 apresentações realizadas em formas de mesas de debates, workshop, palestras e atividades interativas.
Fim do congresso e...
Hora de retornar às bases, levando as novas experiências e aprendizados para serem compartilhados. E, de ânimo renovado, continuar com a disposição de sempre de fazer o melhor pelo Cooperativismo. Indiscutivelmente, o 14º CBC permitiu a todos aumentar a bagagem de conhecimentos e, sobretudo, renovar esperanças.
Pessoal do Ceará expressou otimismo em relação ao futuro. O presidente João Nicédio destaca o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo para 2019. Entre os principais desafios propostos no documento, ele cita a aprovação e sanção do Projeto de Lei 8.824/2017, que assegura serviços de telecomunicações por cooperativas; a aprovação de substitutivo do Projeto de Lei 519/2018, que visa a regulamentar a operação de seguros por sociedades cooperativas; o acesso ao crédito e a linhas de financiamento público para cooperativas.
Nazareno Sampaio, do Sicredi Ceará, reconhece o evento como “uma oportunidade de vivenciar a intercooperação, pelo conhecimento mútuo de práticas de sucesso em muitas cooperativas”. Para ele, o CBC serviu como capacitação de dirigentes para uma atuação mais colaborativa no interesse dos associados.
Diretor da Cosena (Cooperativa Agropecuária de Senador Pompeu Ltda.), Valdizar Quirino explica que o Congresso foi espaço apropriado para o estabelecimento de “network”, conhecimento da realidade de cooperativas de diferentes estados. “Valeu pela troca de experiências”. Ressalta ainda a organização e a confirmação do cooperativismo como ferramenta geradora de transformação social.
Nesta sexta-feira, 10 de maio, ocorreu em Brasília o encerramento do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo – o evento mais importante do setor no país. O congresso contou com a presença de um público formado por 1,3 mil pessoas, entre elas autoridades mundiais e nacionais do cooperativismo, dirigentes e cooperados, embaixadores, ouvintes e imprensa.
E como o tema do CBC é O cooperativismo do futuro se constrói agora, a sexta-feira foi marcada pela realização de uma plenária na qual os congressistas presentes votaram, dentre as diretrizes estabelecidas durante as sessões temáticas ocorridas na quinta, 9/5, aquelas consideradas prioritárias para os próximos anos. Todas as propostas que tiveram 50% + 1 dos votos nas votações da quinta-feira foram levadas à plenária, que também contou com a presença especial do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (leia mais).
Com base no grau do impacto que a diretriz tem para o cooperativismo como um todo e com a urgência na implementação, aquelas que alcançaram 75% ou mais na nota total máxima nos dois critérios foram consideradas prioritárias. Confira abaixo as diretrizes priorizadas para o cooperativismo brasileiro nos próximos anos:
COMUNICAÇÃO
- Ampliar o alcance de programas que trabalham conceitos de cooperativismo e cooperação nas escolas, como o Cooperjovem e cooperativas mirins;
- Divulgar o cooperativismo brasileiro e seus benefícios por meio de estratégias e ferramentas de comunicação, como mídia convencional, plataformas digitais, entre outras;
- Criação de uma campanha nacional de comunicação para estimular o papel das cooperativas escolares (mirins ou de alunos) na promoção do cooperativismo.
GOVERNANÇA E GESTÃO
- Identificar e promover boas práticas de governança e gestão em cooperativas de todos os setores e portes;
- Implementar mecanismos de governança cooperativa para relacionamento com os cooperados, como a Organização do Quadro Social, a educação cooperativista e a fidelização;
- Promover a importância do processo de sucessão nas cooperativas;
- Adotar sistema de qualificação em gestão “a distância” ou semipresencial para todos os gestores de cooperativas, em parceria com instituições de ensino reconhecidas e qualificadas;
- Estabelecer em estatuto social a capacitação obrigatória dos candidatos à conselheiros e dirigentes;
- Definir grade curricular mínima de capacitação para certificação de conselheiros, bem como definir ferramentas para avaliação de sua performance;
- Coibir a criação de cooperativas clandestinas por parte do Sistema OCB.
INOVAÇÃO
- Incentivar a capacitação de jovens sucessores para propiciar que estejam aptos a ocuparem cargos eletivos nas suas cooperativas;
- Criar um canal e-commerce para compras entre as cooperativas;
- Desenvolver programa de capacitação em inovação para conselheiros, dirigentes e colaboradores do Sistema OCB e das cooperativas;
- Incentivar startups e aceleradoras a desenvolver soluções para o cooperativismo;
- Promover a intercooperação para o compartilhamento e acesso a novas tecnologias.
INTERCOOPERAÇÃO
- Elaborar programa de intercâmbio de conhecimentos e boas práticas entre cooperativas;
- Atuar sobre a legislação para facilitar a intercooperação viabilizando o ato cooperativo;
- Promover negócios entre as cooperativas por meio de feiras, eventos e plataformas digitais;
- Criar mecanismos de comunicação para facilitar a troca de informações entre cooperativas do mesmo ramo e ramos diferentes;
- Instaurar fórum permanente de intercooperação no Sistema OCB.
MERCADO
- Adequar, aprimorar ou criar linhas de crédito adequadas para todos os segmentos do cooperativismo, sem interromper as atuais políticas de fomento ao modelo de negócio cooperativista;
- Criar e regulamentar instrumentos de capitalização e captação de investimentos pelas cooperativas, analisados por ramo;
- Fomentar a inserção de cooperativas no e-commerce;
- Obter o reconhecimento dos órgãos que contratam, bem como daqueles que fiscalizam os processos licitatórios, da possibilidade de participação de cooperativas em contratações públicas de bens e serviços, conforme previsto na legislação vigente (Lei 8.666/1993 e Lei 12.690/2012);
- Realizar parcerias entre cooperativas ou com terceiros para investimentos em logística, transporte, produção de insumos, terminais de distribuição de produtos e exportação.
REPRESENTAÇÃO
- Criar rede virtual com os parlamentares da Frencoop para municiá-los de informações e demandas do cooperativismo;
- Fortalecer a atuação de representação das OCEs e as Frencoops estaduais;
- Fortalecer a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) no Congresso Nacional;
- Manter a atual Lei 5.764/1971, permitindo adequações por outras legislações, como a utilização de tecnologia para realização virtual de assembleias e adesão de cooperados, ampliando as fontes de financiamento, assegurando um procedimento semelhante a recuperação judicial, dentre outros pontos;
- Buscar reconhecimento, tanto na formulação de políticas como em processos de contratações públicas, do registro na OCB como um importante instrumento de verificação do cumprimento da legislação cooperativista;
- Interceder junto ao Governo Federal para estruturação de um programa de melhoria de infraestrutura da rede de internet para os municípios do interior e zona rural;
- Assegurar a participação de representantes do cooperativismo como vogais de juntas comerciais e garantir que as OCEs atuem como parceiras nas análises de atos constitutivos das sociedades cooperativas, de forma a ampliar o conhecimento dos órgãos de registro público sobre as especificidades do tipo societário cooperativo e adequar os procedimentos e exigências a realidade do setor;
- Reduzir a alíquota previdenciária para os cooperados autônomos;
- Atuar junto à Frencoop para que seja encaminhado para votação o adequado tratamento tributário do ato cooperativo (PLP 271/2005);
- Regulamentar o art. 79, da Lei 5764/1971, inserindo imunidade tributária às cooperativas com base nas instituições sem fim lucrativo;
- Reduzir a alíquota do ISSQN do trabalhador autônomo vinculado a cooperativas;
- Garantir maior representatividade da base de cooperativas nos conselhos especializados por ramos, com mecanismos que garantam que o representante dos estados colha a opinião da base, e implementar câmaras técnicas para o desenvolvimento de soluções para os ramos;
- Ampliar a participação do cooperativismo em conselhos nacionais, estaduais e municipais de interesse;
- Inserir na Diretoria da OCB representantes de cada um dos ramos do cooperativismo;
- Criar uma comissão técnica com a participação de representantes das cooperativas para acompanhar a modernização da legislação cooperativista, especialmente em relação à definição de ato cooperativo e impacto da reforma tributária no cooperativismo;
- Alterar o estatuto social da OCB Nacional para possibilitar a participação das cooperativas no processo de eleição da sua Diretoria e do seus Conselhos Fiscal e de Ética, garantindo que cada cooperativa, central, federação e confederação registradas tenham direito a voto;
- Ampliar os canais de comunicação entre o Sistema OCB e as lideranças cooperativas;
- Atuar junto ao Executivo para inserir na educação brasileira temas de cooperativismo e empreendedorismo coletivo;
- Ampliar os canais de comunicação do cooperativismo com o poder público, assegurando o papel da OCB como órgão técnico-consultivo do governo e representante nacional do segmento em todos os fóruns e instâncias de interesse, conforme prevê a Lei Geral das Cooperativas (art. 105 da Lei 5.764/1971);
- Tornar o Sescoop o centro de referência do cooperativismo, defender seus recursos e combater as iniciativas do governo e do Legislativo de estatização ou realocação dos recursos;
- Fomentar a criação de novas faculdades do cooperativismo, visando a criação posterior de universidades;
- Garantir a participação da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) nas instâncias governamentais de discussão e deliberação de temas trabalhistas e sindicais;
- Criar selo de qualidade para as cooperativas brasileiras.
Fonte: Sistema OCB.
Cuidar das pessoas e preservar os recursos naturais. Essas são, sem dúvida, razões que tornam as cooperativas empresas ímpares quando o assunto é sustentabilidade. Graças à sua natureza essencial, pautada em princípios e valores universais, o movimento cooperativista brasileiro mostra que transformar uma realidade exige apenas dar o primeiro passo.
Um dos casos de sucesso é a Unimed Fortaleza que estruturou um premiado programa de responsabilidade socioambiental (RSA). Para Verbena Medeiros, coordenadora das ações de RSA da cooperativa médica, o consumidor da atualidade mudou e as organizações precisam estar atentas para continuar no mercado.
A Unimed Fortaleza tem como objetivo principal atuar, fortalecer e disseminar uma política de gestão empresarial sustentável por meio dos princípios do cooperativismo de forma íntegra e responsável junto aos seus públicos internos e externos. E, por meio de suas ações de RSA, atua na gestão social, gestão ambiental e gestão estratégica da cooperativa, alinhada com a Política Nacional do Sistema Unimed.
Segundo Verbena, o cliente moderno quer não apenas consumir os produtos de uma marca, mas se relacionar com ela. Confira a entrevista abaixo:
O conceito de sustentabilidade é bem maior do que imaginamos. Poderia nos dizer o que esse termo significa, considerando o ambiente empresarial?
A sustentabilidade, nesse recorte, é uma forma de gestão estratégica focada em todos os stakeholders, inclusive colaboradores e cooperados, que possa gerar ações e projetos que contemplem a perenidade da organização, sem impactar, negativamente, os recursos naturais e as comunidades do entorno da cooperativa.
Ou seja, a sustentabilidade empresarial, tem o objetivo de fortalecer a imagem da instituição. Além disso, enxergo esse conceito como algo que promove empresas mais enxutas, mais rápidas e que, ao mesmo tempo, balizadas, responsáveis e que possuem uma governança corporativa forte.
Então, o mercado valoriza muito isso. Hoje, é fundamental que as organizações, cooperativas, estejam atentas às questões da sustentabilidade. Quando falamos sobre esse assunto, parece que nos referimos apenas a projetos de consumo consciente, mas não é só isso. A sustentabilidade envolve todas as partes envolvidas.
Como as cooperativas que ainda não têm um projeto ou departamento estruturado para tratar dessa questão podem começar?
Entendo que, quando a empresa é uma cooperativa, ela já traz princípios e valores que fazem parte da sustentabilidade. O que as lideranças precisam é perceber isso. Quer um exemplo? O modelo de gestão das cooperativas traz em si questões ligadas à economia solidária, mais justa, fraterna e responsável.
Então, a partir do momento que a gente fortalece esses princípios e os anuncia, é possível inspirar, motivar, convocar, chamar parcerias e participar da construção de novos conceitos. Para mim, a sustentabilidade empresarial exige uma atitude de gestão, focada em conscientizar, mobilizar, inspirar. Nós necessitamos fortalecer a crença de que já somos um movimento sustentável.
E qual a vantagem de disseminar a sustentabilidade dentro da cooperativa?
Quando fazemos parte de uma organização na qual todos estejam envolvidos com o propósito da sustentabilidade, não é necessário falar o tempo todo o que precisa ser feito. Por si só, o colaborador ou cooperado já faz aquilo. É natural agir com responsabilidade, consciência e ética.
Uma das coisas mais valorizadas hoje é o conceito de estar presente naquilo que fazemos. Isso significa estar aberto, atento, ser cuidadoso e ter prazer. Precisamos de pessoas que sintam prazer no que faz diariamente.
Parece ideológico, mas isso é muito real quando os princípios e valores são colocados em prática pelos líderes. Por isso é necessário que os cooperados elejam, como seus representantes, aqueles que são capazes de materializar o pensamento coletivo que tem a “cara” da cooperativa. Mesmo com os princípios universais, cada cooperativa precisa ter o seu jeito, sua identidade, uma alma!
Quando falamos em sustentabilidade, logo outro conceito vem à mente: o valor compartilhado. Poderia comentar?
Essa questão é muito interessante, porque o mundo de hoje gira em torno de causas e sentimentos. As pessoas têm buscado um conceito que vai além do produto. Por exemplo, a empresa Natura coloca em seus produtos a palavra natural e, sempre que compramos um sabonete dessa marca, levamos para casa a certeza de consumir o que é saudável, concentrado, socialmente justo e ambientalmente correto. Esses são valores que mudam a marca.
Não dá para produzir apenas para vender. O que o consumidor quer é saber quem você é, como é o processo de produção, quais os valores da cooperativa. Não se trata mais de entregar um produto ou serviço, mas um conceito, uma causa. O consumidor de hoje toma para si a causa da cooperativa/empresa que melhor representa sua visão de mundo. No mercado da atualidade há espaço para incoerência. É preciso acreditar, fazer e mostrar.
Essa questão do valor compartilhado é uma dessas causas. É preciso dar sentido ao que é vendido. As pessoas precisam acreditar no seu motivo de vender um produto ou um serviço. Essas ‘costuras’ precisam ser feitas para se manter no mercado. Quando se faz isso, o melhor divulgador da marca será, além dos cooperados e empregados, os clientes. Serão advogados orgulhosos da marca.
Fonte: Sistema OCB
O Sistema OCB/Sescoop-Ce realizou, no dia 25 de janeiro, o encontro estadual, em sua sede em fortaleza, que deu início ao Programa de Desenvolvimento em Gestão das Cooperativas no Ceará (PDGC) no Ceará. O encontro apresentou o PDGC e as mudanças ocorridas no programa para esse ano, além de salientar a importância da participação das cooperativas neste novo ciclo.
Desde a criação do PDGC, em 2013, o Ceará aumentou significativamente sua participação no programa. Na primeira edição foram 3 cooperativas capacitadas, enquanto no ciclo de 2017, última edição da ação, contou com vinte e duas cooperativas inscritas.
Para incentivar a participação foi apresentado o case de sucesso da Federação Unimed Ceará. A entidade, observou cada singular, de forma individual, e buscou regularizar suas situações para o enquadramento nos indicadores do sistema cooperativista, como relatou o Consultor de Projetos da Federação Unimed Ceará, Jardel Gomes.
Kanina Delmano, da Unimed Centro Sul do Ceará, falou da importância do programa: “A busca da excelência é primordial para qualquer segmento que queira se desenvolver, na área cooperativista não poderia ser diferente”. Para ela, a evolução e o conhecimento absorvidos com esses programas de gestão são de suma importância para as cooperativas.
O PDGC é um dos programas do Sescoop para o desenvolvimento da autogestão das cooperativas. Seu objetivo principal é promover a adoção de boas práticas de gestão e de governança pelas cooperativas. O programa, acontece a cada dois anos, desde 2013, e é aplicado por meio de instrumento de avaliação, que permitem um diagnóstico objetivo da governança e da gestão da cooperativa.
Mais informações sobre o PDGC acesse o site: http://pdgc.somoscooperativismo.coop.br/
O certificado digital do tipo A1 passará a ser aceito para assinar processos digitais na Junta Comercial do Estado do Ceará, autarquia vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Sedet, a partir desta quarta-feira (08/05). A medida visa facilitar ainda mais o acesso do empresário cearense ao registro digital de empresas e cumpre a Instrução Normativa nº 57 do Departamento de Registro Empresarial e Integração, DREI.
Além da facilidade, o certificado digital e-CPF A1 tem validade de 12 meses, armazenado diretamente no computador ou no dispositivo móvel e não depende de cartões ou tokens para seu uso. Por se tratar de certificado ICP-Brasil, permite também sua identificação e autenticação no mundo digital com segurança. Quem desejar poderá continuar usando o certificado digital do tipo e-CPF A3.
Fonte: Site Jucec
Promoção do Sistema, o evento, entre os dias 9 a 11 de outubro próximo, em Brasília, tem como tema “Negócios sustentáveis em cenários de transformação”.
Em sua quinta edição, o Encontro Brasileiro de Pesquisas em Cooperativismo busca estimular o fomento à produção de pesquisas acadêmicas sobre as áreas do Cooperativismo. É espaço favorável à apresentação de novas ideias, análises e discussões de como cooperar não só com a sociedade, mas também com o mundo em que vivemos, na perspectiva do desenvolvimento sustentável.
Submissão de pesquisas
As inscrições de artigos, já abertas, vai até o dia 7 de junho. O autor pode submeter até 3 trabalhos e cada material não pode ultrapassar o número de 5 autores. Para serem consideradas válidas, as dissertações precisam se correlacionar com pelo menos um dos seguintes eixos temáticos:
- Identidade e Cenário Jurídico;
- Educação e Aprendizagem;
- Governança, Gestão e Inovação;
- Impactos Econômicos, Sociais e Ambientais;
- Capital, Finanças e Desenvolvimento.
A relação desses eixos temáticos com a proposta central (“Negócios sustentáveis em cenários de transformação”) deve nortear a produção de toda a pesquisa. Os trabalhos enriquecem o sistema, sejam vinculados ou não a universidades, desde que tenham as cooperativas como objeto de estudo e as abordem em diferentes áreas do conhecimento.
Os autores dos 50 melhores trabalhos serão selecionados para apresentação de suas produções em Brasília, no EBPC, com as despesas pagas pelo Sescoop Nacional. A previsão da divulgação dos selecionados é 16 de agosto. Confira o edital e mais informações aqui.
Participação de todos
O Encontro é aberto a todos os interessados no movimento cooperativista. Em meio a esse público, são destacados os pesquisadores, gestores de cooperativas, dirigentes, profissionais do sistema de aprendizagem e representantes e elaboradores de políticas públicas. Clique aqui para fazer sua inscrição.
Oportunidade Dupla: EBPC e ABDE-BID
Os trabalhos sobre cooperativismo de crédito no Brasil vão poder ainda participar do Prêmio ABDE-BID 2019, na categoria “Desenvolvimento e cooperativismo de crédito”. Um dos pré-requisitos é a participação no 5º EBPC. Os dois primeiros colocados no Prêmio ABDE-BID terão os trabalhos publicados em livros e receberão, respectivamente, R$ 8 mil e R$ 4 mil.
Atenção - lembrete!
O prazo para envio dos trabalhos para concorrer ao Prêmio ABDE-BID 2019 vai até 30 de junho, mas o prazo para a submissão dos artigos para o 5º EBPC, lembramos, irá até 7 de junho.
Fonte: Sistema OCB.
Confira a lista dos outros selecionados no concurso aqui.
A nova ferramenta de divulgação do Cooperativismo vai ao ar semanalmente nos perfis do Facebook, Twitter e Youtube. A proposta é levar as principais informações sobre o movimento cooperativista, envolvendo a atuação da OCB, do Sescoop e da CNCoop.
O primeiro episódio estreou na quinta-feira, 4/4, já com notícias do cooperativismo cearense. Napauta, o lançamento do Dia de Cooperar no estado, na sede do OCB/CE, e a divulgação do nome da embaixadora Jamile Barbosa Guimarães, do Sincredi Ceará Centro Norte entre as 20 escolhidas para o 14º Congresso Brasileiro Cooperativista.
Confira o vídeo completo do Minuto Coop Aqui.
das cooperativas brasileiras
O desenho gráfico do SomosCoop está alinhado, estratégica e visualmente, ao movimento cooperativista internacional “Coop”. O carimbo tem uma forma própria, que precisa ser respeitada para ter boa aplicação, garantindo leitura e contribuindo para identificação e reconhecimento.
Site SomosCoop
Realização da OCB Nacional, o evento acontece de 8 a 10 de maio no Complexo Brasil 21, Distrito Federal. Em pauta, a discussão e o planejamento das ações que irão nortear as entidades que compõem o Sistema.
É a oportunidade de reunir dirigentes de cooperativas, unidades estaduais e observadores nacionais e internacionais para discutir, juntos, os caminhos para que o cooperativismo seja reconhecido por sua competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade aos cooperados.
Todo movimento cooperativista será impactado pelo que for decidido no Congresso. Por isso, é de suma importância a participação das cooperativas. Que indiquem pelo menos um representante, que terá direito a voto, podendo também indicar outros que irão participar dos muitos e ricos debates.
A OCB/CE poderá indicar 40 representantes com direito a voto. Assim sendo, a Direção conclamaos cooperativistas à participação.
Inscrições
As cooperativas deverão encaminhar os nomes dos seus participantes para o e-mail
Aprovado durante a sessão plenária em 03 de dezembro de 2018 pela Junta Comercial do Ceará, a resolução trata da adoção exclusiva do registro digital para a prestação de serviços da autarquia.
Com a implantação do calendário, os serviços digitais feitos pela Jucec passarão a ser feitos somente através da internet. Aí estão a abertura de processos, alteração, a extinção de empresas e a autenticação de livros, conforme as datas estabelecidas. Tudo a partir do dia 11 de março próximo.
As mudanças têm como objetivo facilitar a vida de quem deseja registrar o seu negócio e tornar os procedimentos da Junta mais seguras, sob o aspecto jurídico. A assinatura dos documentos realizada com certificação digital dificulta a falsificação e evita o uso indevido do nome no quadro societário das empresas.
A medida aprovada tem como base a Instrução Normativa de n° 52 do Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI), ao quais as juntas comerciais são subordinadas normativamente. A Jucec 100% digital segue os mesmos padrões das Juntas de Minas Gerais e Roraima, que já operam com os serviços de abertura, alteração e extinção de empresas todos pela internet.
Fonte: site Jucec e Governo do Estado do Ceará
Membros da Cooperativa da Agricultura Familiar de Ocara (COOAF) receberam capacitação na Câmara Municipal, dias 13 e 14 de fevereiro. Aulas foram ministradas pela pedagoga Dorinha Madeira.
Além de cooperados da COOAF, a formação é destinada a futuros integrantes e grupos de que tenham interesse em formar cooperativas. O objetivo é difundir a ideologia da cooperação e promover o desenvolvimento social e econômico das empresas nos diversos ramos.
Direitos e Deveres dos Cooperados, Perfil dos Dirigentes, Segmentos do Cooperativismo, Órgãos da Administração, Noções de Capital, Despesas, Sobras, Perdas, Fundos e o Processo de Constituição e Legalização de Cooperativas são alguns dos temas abordados durante os dois dias de Curso.
Dorinha conta que o foco da capacitação é a “Educação Cooperativista”, compartilhando o conhecimento do que é Cooperativismo, seus Princípios e Valores e a Legislação sobre a qual está amparada. Realizaram diversas dinâmicas de grupo para que os participantes experienciem e sintam o que é o cooperar, o agir em conjunto, identificando ações e sentimentos que prejudiquem essa iniciativa, tais como, o individualismo.
Dirigentes e contadores participaram da capacitação dias 12 e 13 de março, na sede do Sistema.
Além de sanar dúvidas sobre a temática das atas e dos registros assembleares, o curso ressaltou a importância da padronização das operações desenvolvidas pelas cooperativas de acordo com os seus estatutos e as leis que as regulamentam. “E assim proporcionar mais conhecimento e respaldo às apurações feitas pelos profissionais que militam na causa cooperativista”, explicou o superintendente José Aparecido.
Em uma imersão nos aspectos legais do cooperativismo e do seu modo de atuação, o curso proporcionou uma rememoração dos conceitos básicos de gestão conforme a lei, como se dão as assembleias e atas e as recentes mudanças do registro de documentação na Junta Comercial do Ceará, passando agora para formato digital.