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A premiação acontece a cada dois anos e é o reconhecimento em âmbito nacional das cooperativas que mais promovem o aumento da qualidade e da competitividade do nosso modelo de negócio.
O Cooperativismo do estado do Ceará está em festa! A Cooperativa dos Cirurgiões Gerais do Ceará - COOCIRURGE, a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará - COOPANEST e a Cooperativa Ginecologistas Obstetras do Ceará - COOPEGO conquistaram a faixa Prata no nível Primeiros Passos para a Excelência. O anúncio aconteceu na tarde de ontem (7/12) durante a cerimônia virtual do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2021. O nível reconhece as cooperativas singulares, centrais e federações que estão em estágio inicial de um programa de melhoria da gestão.
O Prêmio destaca quem já está pensando hoje no cooperativismo de amanhã, avaliando a adoção e desenvolvimento de boas práticas de identidade cooperativista, governança e gestão, identificadas nas ferramentas de diagnóstico Sescoop. Ser um modelo de gestão e boas práticas é uma conquista sempre muito almejada por qualquer modelo de negócio. E com as cooperativas não poderia ser diferente. Em todos os cantos do país, as pessoas trabalham todos os dias por um mundo mais justo e equilibrado, e as Coops cearenses estão dando um show de resultados. Com o Prêmio SomosCoop, a maior vitória é sempre para o cooperativismo.
As cooperativas reuniram-se durante o anúncio no final da tarde de ontem em Fortaleza-CE para comemorar. A Diretora Presidente da Coopego, Laryssa Portela, enfatizou a alegria da diretoria e dos cooperados em receberem o resultado tão satisfatório, mesmo concorrendo em seu primeiro ano. “Esse título foi algo muito projetado e almejado por nós". Desde quando a atual diretoria da Coopego decidiu montar uma chapa para concorrer a eleição, tivemos o foco em participar do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão. As etapas de participação nos ajudaram a corrigir o que havia de ser feito dentro da cooperativa e assim evoluir”. E ainda completa: “Esse é o resultado final de nosso esforço, é surpreendente saber aonde chegamos no primeiro ano de participação, creio que é só o começo”, finaliza Laryssa Portela.
Sistema OCB Ceará cooperou com essa vitória
O Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão – ciclo 2021 – avalia as cooperativas singulares, centrais e federações conforme seu nível de maturidade no Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), um dos programas do Sescoop voltados ao desenvolvimento da autogestão das cooperativas. Seu objetivo principal é promover a adoção de boas práticas de gestão e de governança pelas cooperativas. O Programa é aplicado por meio de instrumento de avaliação, que permite um diagnóstico objetivo da governança e da gestão da cooperativa. É realizado em ciclos anuais, visando à melhoria contínua a cada ciclo de planejamento, execução, controle e aprendizado.
O Diretor Presidente da Coocirurge, Eduardo Demes, destacou a atuação do Sistema OCB Ceará na trajetória das Cooperativas, reconhecendo o trabalho do sistema em acompanhar as Cooperativas rumo à excelência. “Quero agradecer especialmente a OCB Ceará, na pessoa do Presidente Nicédio Nogueira, que nos deu todo suporte no processo, desde o PAGC e PDGC. As cooperativas do estado estão bem assistidas, sem o sistema não chegaríamos aqui”. Eduardo Demes também reforçou a importância das Coops em estarem atentas e participarem do Acompanhamento da Gestão das Cooperativas (PAGC) e do Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), que reflete inúmeros benefícios às cooperativas participantes. “É um dia muito importante para nós. Desde o PAGC nós organizamos tudo que havia de ser feito em nossa Cooperativa, resultado disso foi o nosso bronze no prêmio em 2019. Esses programas foram um norte para alcançarmos esse resultado. Em nossa busca incessante pela melhoria, conquistamos a faixa Prata este ano. Seguimos com a certeza de que buscaremos sempre a melhora”, conclui Eduardo Demes.
Na ocasião, o Presidente do Sistema OCB Ceará, Nicédio Nogueira, esteve presente e parabenizou o resultado e esforço das Cooperativas como um exemplo de excelência. “A Coocirurge deu seus primeiros passos ganhando o bronze na edição anterior e já chegou ao nível prata, a Coopego já começou no segundo passo rumo à excelência. Junto à Coopanest, essas Coops são a prova de que é possível começar do zero e alcançar resultados incríveis”. Nicédio Nogueira reforçou ainda a atuação do Sistema OCB Ceará nessa vitória. “Esse é o nosso principal trabalho no dia a dia enquanto Sistema OCB Ceará, auxiliar e segurar as mãos dessas Coops rumo à evolução, estamos muito felizes”.
Faixas de Premiação
As cooperativas reconhecidas pelas boas práticas de gestão e excelência são divididas em três faixas: ouro, prata e bronze. Cada faixa conta também com três níveis de maturidade: primeiros passos para a excelência; compromisso com a excelência; e rumo à excelência.
Prêmio SomosCoop 2021
A premiação, que ocorre a cada dois anos, recebeu, nesta edição, a inscrição de 310 cooperativas, número 14% superior ao de 2019. A avaliação envolveu a participação de 70 especialistas em gestão e governança da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), com um total de 80 pessoas envolvidas diretamente em todo o processo. Além disso, todas as etapas de avaliação foram realizadas de forma virtual para garantir a saúde e a segurança do processo em decorrência da pandemia da Covid-19.
Já a banca julgadora, responsável por definir as cooperativas contempladas, foi formada por representantes de entidades parceiras do Sistema OCB que possuem conhecimento técnico sobre o cooperativismo. São eles: Fabiana Durgant, do Ministério da Agricultura; Mateus Neves, da Universidade Federal de Viçosa; Paula Leitão, do Banco Central do Brasil; Roberto Rodrigues; da Fundação Getúlio Vargas; e Samir Martins, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Novidades da edição
Uma novidade desta edição é o Destaque Busca pela Excelência, destinado às cooperativas que não alcançaram pontuação para serem visitadas e consequentemente reconhecidas, mas que são engajadas no programa. O objetivo é valorizar a participação e o empenho em melhorar os processos de gestão, ou seja, que estão no caminho certo para alcançar o nível de excelência. No total, 10 cooperativas, duas de cada região do país, receberam destaque. No Nordeste, uma delas foi a Unimed Fortaleza.
A cerimônia de premiação está disponível no canal do YouTube do Sistema OCB e pode ser assistida através do link: https://www.youtube.com/watch?v=KCdCRDuyobE&t=1465s
O BNDES divulgou nesta semana, a linha Finame Baixo Carbono para aquisição de equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para redução da emissão de gases de efeito estufa.
A divulgação da linha faz parte de uma estratégia do BNDES para colaborar com a adoção de tecnologias que possibilitem o alcance da neutralidade de carbono nos diversos setores da economia brasileira.
São itens financiáveis, por exemplo: sistemas de geração de energia renovável, aquecedores solares, ônibus e caminhões elétricos, híbridos e movidos exclusivamente a biocombustível e demais máquinas e equipamentos ambientalmente mais eficientes. Todos os produtos devem ser novos, de fabricação nacional e credenciados no Credenciamento Finame (CFI) do Sistema BNDES.
Assista ao vídeo no canal do Youtube do BNDES, e saiba tudo sobre a nova linha de financiamento: https://youtu.be/rt52e7ecidc.
INICIATIVAS COOP DE BAIXO CARBONO
No início de novembro o movimento cooperativista foi destaque no Espaço Brasil na COP26, em Glasgow, onde foram apresentados cases de cooperativas brasileiras que colaboram para o alcance da neutralidade de carbono. O cooperativismo está um passo à frente em ações e soluções nesse sentido. Para conhecer os principais cases e o manifesto em relação aos desafios apresentados COP26, acesse: www.cooperacaoambiental.coop.br.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) abriu nova consulta pública para o Programa Agro 4.0, voltado para projetos pilotos de adoção e difusão de tecnologias digitais na cadeia do agronegócio. A consulta vai até o dia 12 de dezembro.
Em 2020, a Agência lançou o primeiro edital para seleção, premiação e acompanhamento de projetos de implantação das tecnologias 4.0 no agronegócio. Três cooperativas foram selecionadas no edital: Cocamar, Lar Cooperativa Agropecuária e Industrial e Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial. Ao todo, 100 propostas foram inscritas e 14 selecionadas em projetos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0 que receberão um investimento total de R$ 4,8 milhões.
O 2º edital do programa, promovido pela ABDI e Mapa, está previsto para o início de 2022, com o objetivo de selecionar ambientes de inovação Agro 4.0 no Brasil, que irão replicar ações de adoção e de difusão de tecnologias 4.0 junto ao setor produtivo.
A ABDI é parceira do Sistema OCB no objetivo de universalizar o acesso à tecnologia e internet no campo, e essa consulta pública é um meio para fortalecer projetos que estão sendo pensados ou até mesmo realizados por cooperativas brasileiras. A expectativa é que tenham mais cooperativas inscritas e selecionadas no Programa Agro 4.0 em 2022.
Para participar, é só clicar aqui.
Nesta quinta-feira (25/11), o Plenário do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei (PL) 4726/2020, de autoria do presidente do Senado – Rodrigo Pacheco (MG), que reconhece, para as cooperativas de representação comercial, o adequado tratamento tributário em relação ao PIS/COFINS no repasse de valores aos associados.
Na prática, para as cooperativas de representação comercial, o projeto visa excluir da base de cálculo da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) os valores repassados aos associados pessoas físicas, decorrentes de serviços por eles prestados em nome da cooperativa.
O regime tributário do setor cooperativista, em consonância com características e as particularidades societárias desse modelo, comporta tratamento ajustado e compatível as necessidades das cooperativas e as operações singulares praticadas por essas sociedades para o cumprimento do seu objetivo social.
O projeto de lei foi relatado pelo senador Vanderlan Cardoso (GO), que é integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo, e alterou a vigência da lei de 2021 para 2022, de forma a buscar adequação do orçamento federal via emenda apresentada ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLN 19/21) para 2022. O projeto segue para a análise da Câmara dos Deputados.
Para acessar o projeto de lei, clique aqui.
Para acessar o parecer aprovado, clique aqui.
Como parte da responsabilidade social da Uniodonto Fortaleza, com o compromisso de levar orientações em saúde bucal a crianças, adultos e idosos carentes, o Projeto Sorrisão chega à Juazeiro do Norte pelo quarto ano, graças a parceria com a Cooperativa dos Agricultores e Empreendedores Familiares Rurais do Cariri - Coopaefarc.
O Sistema OCB Ceará apoia a iniciativa e esteve presente no CEI Irmã Ana Terezinha, localizado no bairro Pedrinhas em Juazeiro do Norte, representado pelas Analistas de Desenvolvimento de Cooperativas Regina Caldas e Sandra Costa.
Na ocasião, 121 crianças foram beneficiadas com kits odontológicos, sendo 62 crianças do infantil IV, com 4 anos de idade, e 59 crianças do infantil V, com 5 anos de idade. A programação incluiu distribuição de lanche oferecido pela Coopaefarc, instruções de escovação, contação de histórias e teatro de bonecos com instruções sobre a importância da higiene bucal.
Confira a reportagem completa no canal do Sistema OCB Ceará no YouTube: https://youtu.be/93Bao-CoMBA
A Feira Internacional de Logística, que este ano chega a sua 16ª edição, tem como tema principal a "Logística Nacional e Internacional - Cenários e Desafios", que está sendo abordado através de ambientes imersivos e de três seminários técnicos, divididos em: Seminário Internacional de Logística, seminário "Oportunidades para o Jovem na Logística" e seminário "Logística no Agronegócio", nos dias 24 e 25 de novembro.
Na Expolog, os participantes têm acesso a um pavilhão de exposições virtual com uma plataforma bilíngue, que proporciona o encontro, a interação e a entrega de conteúdo de alto nível; a um ambiente presencial para encontro de network e a rodada de negócios virtual, promovida pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) e pela Câmara Setorial de Logística (CSLOG) da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).
Além disso, o Sistema OCB Ceará está presente em dois painéis presenciais do II Seminário Logística no Agronegócio, que faz parte da Expolog.
O primeiro ocorreu na tarde de ontem (25), intitulado “A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NO AGRONEGÓCIO EM UMA COOPERATIVA”, foi mediado pelo Jornalista Tarcísio Matos, com a participação do Presidente da OCB/CE, Nicédio Nogueira, e do sócio-cooperado da Fazenda Águas de Março, Vitor Chiamulera.
O último painel do evento, intitulado “PLANEJAMENTO LOGÍSTICO DE PRODUTOS ORGÂNICOS: AÇÕES ESTRATÉGIAS NOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DOS PRODUTOS ORGÂNICOS NA COOPERATIVA COAPOI”, acontece na tarde desta quinta-feira (25), mediado pela Jornalista Gabrielle Alves, com a participação do Presidente da Cooperativa Agropecuária dos Produtores Orgânicos da Ibiapaba (COAPOI), João Gomes, e o Engenheiro Agrônomo e Gerente do Escritório da EMATERCE na cidade de São Benedito/CE, Carlos Dias.
As inscrições para participar do evento são gratuitas. Basta acessar o site www.feiraexpolog.com.br.
O Sistema OCB e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) iniciaram, esta semana, a primeira ação para a promoção de cooperativas no mercado internacional. A realização de uma rodada de negócios virtual durante a feira GreenRio, a primeira promovida entre as duas instituições, vai ajudar a difundir ainda mais a cultura exportadora no cooperativismo.
Participaram 10 cooperativas do setor de castanhas, frutas, mel e lácteos, com diferentes níveis de experiência na exportação, que se reunirão com compradores da Europa e Oriente Médio buscando ampliar sua rede de contatos, divulgar o seu portfólio de produtos e concretizar vendas.
As coops selecionadas foram: Coplana - Cooperativa Agroindustrial; Cooperativa Vinícola Aurora; Cooperativa Agrícola Frutas de Ouro; COOPER-RECA; CONAP; Bio+Açaí; Coana; Vinícola Garibaldi; COACIPAR; e Cemil.
Para Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, a rodada é uma excelente ferramenta de networking e prospecção de novos negócios em um ambiente seguro. Além disso ela reforça a importância da parceria com a Apex-Brasil para abrir novas oportunidades de negócios para as cooperativas brasileiras em mercados internacionais. “A OCB assumiu o desafio de apoiar as cooperativas a abrirem novas oportunidades de negócios porque acredita que elas geram emprego, renda e ainda apoiam o desenvolvimento de seus cooperados e das comunidades nas quais estão inseridas. Nesse sentido, é uma alegria contar com a parceria da Apex-Brasil erealizarmos a nossa primeira ação conjunta de promoção comercial”, destacou Fabíola.
Cooperação além das fronteiras
Em novembro de 2020, o Sistema OCB e a Apex-Brasil assinaram um acordo de cooperação técnica para ampliar a participação de cooperativas no mercado internacional por meio de intercâmbio de informações entre as instituições e ações de qualificação, e promoção comercial para as cooperativas.
Desde então, a parceria já rendeu a divulgação de dados das exportações brasileiras de cooperativas, que não era feita desde 2016, e a estruturação de um Núcleo Operacional do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) exclusivo para cooperativas.
Quer saber mais sobre os números do coop exportador? Acesse a análise econômica sobre o assunto, clicando aqui.
Além disso, o Sistema OCB criou uma série de e-books que vão ajudar as cooperativas a ampliarem seus negócios. Acesse agora e conheça os caminhos para internacionalizar sua coop. Clique aqui e baixe agora os e-books Exportação para Cooperativas.
Cresce o cooperativismo de crédito
Imagine um mundo em que as instituições financeiras não cobrassem taxas abusivas e, ao invés disso, dividissem os lucros com os clientes e melhor remunerassem suas aplicações? Essa realidade existe e se chama Cooperativismo de Crédito.
Nas organizações desse ramo, os cooperados são, ao mesmo tempo, donos e usuários do empreendimento, participando de sua gestão e usufruindo dos produtos e serviços. Temos aqui um modelo de negócio diferenciado, pela proximidade com os associados, pela oferta de atendimento completo, a ampla gama de produtos e serviços financeiros, além do forte papel consultivo.
Representando 10,74% do estoque de empréstimos e financiamentos do Brasil, se fossem um banco, as cooperativas crédito seriam o sexto maior do país em tamanho de carteira. Ao atuar em locais de difícil acesso para a rede bancária, transformam-se em solução para atender as necessidades de pequenos e micros empresários, contribuindo com o desenvolvimento local.
Em comparação com a realidade de cinco anos atrás, o ramo crédito cresceu 4,10%. Isso acontece porque esse modelo tem tudo o que a nova geração procura: o senso de comunidade. O objetivo do empreendimento não é o de gerar lucro, e as sobras (resultado financeiro) são repartidas entre os associados, o que é também um atrativo.
Ademais, enquanto os bancos vêm fechando pontos de atendimento para cortar gastos e competir com as instituições digitais, as cooperativas estão crescendo sua base. Embora presentes especialmente em cidades do interior, em função da ligação histórica do segmento com a agricultura, já estão em todas as capitais, presentemente. Bom frisar que as cooperativas se reinventaram, abraçando a digitalização, ainda que tenham na rede física um grande trunfo.
Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) evidenciam que o cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7.
Facilidade, proximidade, compromisso e respeito com os cooperados - essa é a nova era. O cooperativismo de crédito aí está para transformar sonhos em realidade.
João Nicédio Alves Nogueira – Presidente do Sistema OCB-SESCOOP/CE
O Sistema OCB Ceará participou, na última sexta-feira (12/11), da solenidade de entrega da premiação a alunos e professores do ensino fundamental da zona rural cearense vencedores do Programa Agrinho 2021, promovida pelo SENAR-AR/CE.
O Agrinho, criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR) em 1995, está no Ceará há 20 anos. Em 2020/2021, o Programa abraçou a cooperação, em parceria com o Sistema OCB Ceará, e levou à sala de aula (e vida de milhares de cearenses) a pujança desse modelo de negócio que busca a ascensão econômica de um conjunto de profissionais, na perspectiva do desenvolvimento e do atendimento às suas necessidades. Em 2020/2021 o programa abordou o tema “Agrinho de mãos dadas com o Cooperativismo”, com alunos de escolas públicas do ensino fundamental da zona rural, trabalhando temáticas ligadas ao campo e o agronegócio, com incentivo à criatividade e à aprendizagem. Os trabalhos foram avaliados por uma Comissão Julgadora Multidisciplinar que escolheu os 10 melhores trabalhos em cada categoria.
Na avaliação do Sistema OCB Ceará, de acordo com a Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop/Ce, Emília Leite, a parceria e junção de propósitos com o Senar adicionou à educação cearense o valor da cooperação, estabelecendo boas práticas de cidadania no cotidiano dessas crianças. "Em tempos de crise o cooperativismo se fortalece e esse tema abordado pelo programa Agrinho foi muito importante durante esse período de pandemia. É uma satisfação do Sistema OCB Ceará apoiar essa iniciativa e ver por meio dos alunos, professores e escolas participantes que o programa realmente deu certo".
O Agrinho movimentou mais de 70 mil alunos do ensino fundamental, cerca de 600 escolas se envolveram diante da missão de formar produtores rurais mais conscientes das características físicas e do espaço em que vivem.
O evento foi realizado em formato híbrido, restrito somente à participação de representantes de entidades apoiadoras do programa, alguns alunos e professores premiados. A transmissão ocorreu de forma online e pode ser assistida através do link: https://www.youtube.com/watch?v=RAeHMc5l7hg
Desde sua primeira edição, em 2015, o Dairy Vision se consolidou como o ponto de encontro da cadeia láctea, que tem no cooperativismo um importante pilar. Com grandes nomes nacionais e internacionais, o evento aborda tendências de mercado, consumo, inovação, mundo 4.0, novas tecnologias, sustentabilidade e estratégias competitivas.
Serão 32 palestras ministradas por representantes 11 países: Brasil, Suíça, Suécia, Portugal, França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Argentina, Dinamarca e Itália. As palestras estão distribuídas em cinco painéis temáticos, todos com um debate ao vivo. Confira:
- O que temos à frente nas tendências de mercado? (17/11)
- Por que e como inovar em um mundo de mudanças? (18/11)
- Novos negócios da cadeia do leite (18/11)
- Um olhar sobre o Brasil (23/11)
- Explorando diferentes visões (novos modelos de negócio; mercados concorrentes; comunicação; sustentabilidade) (24/11)
Todas as palestras terão tradução e ficarão disponíveis na plataforma por 60 dias após o evento, sendo possível rever quantas vezes quiser, e voltar aos conteúdos e discussões para finalizar os planos estratégicos. Além disso, a plataforma de transmissão é interativa e dinâmica, garantindo o networking. Além do programa do evento, será oferecido conteúdo exclusivo dos palestrantes e apoiadores do evento e certificado.
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A OCB apresenta nesta sexta-feira (12), durante a COP 26 em Glasgow, na Escócia, o painel Cooperativismo como ferramenta para a economia de baixo carbono. A apresentação será feita dentro do tema Brasil Verde e mostrará cases, dados e histórias que comprovam que é possível aliar produtividade e desenvolvimento com responsabilidade social, equilíbrio ambiental e viabilidade econômica.
O painel será transmitido ao vivo às 7h (horário de Brasília) no Youtube do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O convite para a participação da OCB foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em função do importante papel que as cooperativas desempenham em prol da sustentabilidade e preservação ambiental.
Entre os cases de sucesso, um dos destaques é o da Cooperativa Agrícola Mista Camta, localizada em Tomé-Açu no Pará. Fundada em 1931 por imigrantes japoneses e colhe, atualmente, os frutos do desenvolvimento do Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta) inspirado na vivência dos povos ribeirinhos, habitantes das margens dos rios da Amazônia, que plantavam em seus quintais árvores frutíferas e florestais, imitando a Floresta.
O local reúne um mosaico de plantações e é considerado um verdadeiro laboratório agroflorestal, gerando impactos positivos para mais de 10 mil pessoas. O sistema de produção gera redução dos gases de efeito estufa em cinco vezes e é referência no desenvolvimento, inovação e disseminação da tecnologia Safta no Brasil, Bolívia e Ghana (África).
Outro exemplo de sucesso é protagonizado pela Cooperativa de São Gabriel do Oeste (Cooasgo), uma das primeiras do país a negociar créditos de carbono com parceiros internacionais, a partir do manejo sustentável de dejetos nas granjas de suínos, garantindo também o aumento da produtividade.
A iniciativa já garantiu a redução da emissão de 194,9 milhões de m3 de gás metano; a produção de 2,45 milhões de toneladas de biofertilizantes; a geração de 27,8 milhões de KW em energia elétrica sustentável; e a comercialização de R$ 3,5 milhões em créditos de carbono.
Para saber mais sobre os projetos de sustentabilidade das cooperativas com resultados sólidos e positivos, bem como o posicionamento do setor sobre a importância da preservação ambiental, acesse o site da OCB dedicado ao tema em www.cooperacaoambiental.coop.br.
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) e a Associação Nacional do Ouro (ANORO) assinaram na Sede do Sistema OCB, em 10/11/2021, Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para implementar o Projeto Garimpo 4.0 nas cooperativas minerais situadas na Amazônia Legal, com foco na mineração responsável.
Em cerimônia presencial na casa do cooperativismo, ANORO, OCB e SESCOOP, foram representadas por seus respectivos presidentes, Dirceu Santos Frederico Sobrinho e Márcio Lopes de Freitas, que endossaram a convergência de interesses e propósitos das três instituições na valorização do garimpeiro e do fortalecimento da organização de sua produção através das cooperativas minerais.
A parceria pretende atuar em quatro eixos estratégicos: (i) ambiental, com foco na exploração mineral sustentável; (ii) gestão e governança cooperativa, para estruturar processos societários, administrativos, contábeis, de auditoria, comerciais e econômico-financeiro das cooperativas; (iii) controle e rastreabilidade da comercialização da produção do ouro; e (iv) identidade do garimpeiro, com orientação, assistência social e de saúde, humanização e valorização de sua atividade.
Gilson Comboim, representante nacional das cooperativas minerais e presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso (FECOMIN) e Amaro Salmo Rosa, presidente da Federação das Cooperativas dos Garimpeiros do Pará (FECOGAP) também registraram presença no encontro. Eles reforçaram a importância da parceria para implementar o Projeto Garimpo 4.0, que irá auxiliar que os garimpeiros possam atuar de forma organizada, sustentável e com boas práticas comerciais, ambientais e trabalhistas, buscando sempre o aproveitamento mineral responsável de forma legal e sustentável.
O Sistema OCB/PA, representando o cooperativismo paraense, também se fez presente através do seu superintendente, Jorge Moura Serra Júnior, que enfatizou a relevância da parceria como um meio de fortalecimento do cooperativismo mineral, no sentido de contribuir para melhoria da gestão e organização da cooperativa. O dirigente endossou que assim, há uma oportunidade de trazer mais garimpeiros para a legalidade, além de conscientizá-los sobre as melhores práticas de garimpagem.
Em breve o texto do ACT e o Plano de Trabalho serão publicados no Diário Oficial da União.
Sobre a Anoro
A Anoro é uma entidade que visa a organizar, defender e representar os interesses do setor de ouro, através do estabelecimento de parceria e incentivos de órgãos governamentais, a fim de dirimir incertezas regulatórias no curso da cadeia produtiva do ouro.
A ANORO tem trabalhado nos últimos anos junto a órgãos de governo buscando melhorar a rastreabilidade do comércio de ouro no país, para tanto tem proposto a criação do cadastro digital do garimpo, a implantação de nota fiscal eletrônica para as operações com ouro, a definição mais clara e do conceito de ouro ativo financeiro, bem como da 1ª aquisição do ouro de garimpo por instituição aprovada pelo Banco Central do Brasil, como meio para assegurar maior segurança no percurso do metal até chegar ao Sistema Financeiro; e o combate aos responsáveis por práticas ilícitas no garimpo.
Os últimos meses do ano iniciam a contagem regressiva para a chegada de uma nova temporada de planos e trabalhos a serem executados. Esse é o momento ideal para começar a avaliar tudo o que foi feito, como seguir com o que deu certo e o que mudar para melhorar no próximo ano.
Na hora de construir o planejamento, as organizações precisam pensar de forma estratégica em como investir bem os recursos. E os processos de inovação, que podem ocorrer em uma ou em várias áreas da sua coop, necessitam de muita atenção.
E é sobre isso que trata o mais novo e-book InovaCoop: Inovação no planejamento estratégico da cooperativa. O material traz tudo o que as cooperativas precisam considerar durante a criação de seus planejamentos estratégicos, como otimizar os recursos pensando bem em cada uma das ações e na inovação como parte desse processo.
Como inovar virou sinônimo de sobrevivência para os negócios, as cooperativas precisam estar sempre atentas. E no InovaCoop elas encontram, em um mesmo lugar, tudo que precisam para dar todos os passos rumo à inovação.
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Um dos maiores eventos da mandiocultura do interior nordestino, o 1º Festival da Mandioca de Salitre, aconteceu na última sexta-feira, dia 05 de novembro, e na solenidade de abertura estavam presentes várias instituições, como o Sistema OCB Ceará, Sebrae, Senar, BNB, e representações sindicais de vários municípios, como também a participação do executivo e legislativo municipal.
Com o slogan " A Festa do Povo na Capital da Mandioca", a programação contou com a participação popular na realização de oficinas , reuniões, debates, concurso gastronômico e nas músicas regionais - uma festa do povo e para o povo.
O Analista de Desenvolvimento de Cooperativas. Joaquim Neto, ministrou a oficina intitulada “Cooperativismo”, afirma que, além do interesse dos produtores, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Município está dedicando esforços para organizar a produção de mandioca do município por meio de cooperativas. “Existe entusiasmo por parte dos produtores, considerando que existe apoio do município e instituições diversas, que têm como foco, a organização econômica financeira da atividade melhorando a arrecadação de tributos da região”.
O festival aconteceu na Praça São Francisco, em frente à Prefeitura Municipal de Salitre e foi alusivo ao reconhecimento dos produtores de mandioca, valorizando os impactos de sua comercialização no município e em todo Cariri Oeste.
A importância da definição do ato cooperativo na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019, que trata da Reforma Tributária, foi tema de reunião realizada nesta quarta-feira (3) entre os presidentes do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do Sistema OCB/MS, Celso Ramos Regis, e o líder do PSD, senador Nelsinho Trad (MS), diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
Márcio Lopes frisou que a definição do ato cooperativo, por meio da aprovação da emenda 8, é primordial para que seja garantida a competitividade das cooperativas. A correta tributação das cooperativas é tema prioritário da OCB e consta da Agenda Institucional do Cooperativismo.
Durante a reunião, o Líder do PSD no Senado, senador Nelsinho Trad, se comprometeu a apoiar a emenda 8 e somar forças para garantir a definição do adequado tratamento tributário das cooperativas. O parlamentar é membro suplente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), primeiro colegiado que irá analisar a PEC 110/2019.
A OCB está se reunindo com senadores integrantes da CCJ para defender a aprovação da emenda 8 na PEC da Reforma Tributária. Além disso, iniciou mobilização nacional para que as cooperativas também possam solicitar aos seus senadores que apoiem a medida.
Acesse o site e saiba mais: www.reformatributaria.coop.br.
Na tarde desta segunda-feira, primeiro dia do mês de novembro, o Sistema OCB Ceará, representada pelo presidente Nicédio Nogueira e a Analista de Desenvolvimento de Cooperativas, Vládia Silva, visitou a Cooperativa Uniodonto Fortaleza, para apresentar o Sistema Eixo Desempenho.
Na ocasião, estava reunida toda a diretoria e contabilidade da Uniodonto Fortaleza, que é presidida por Marlio Ximenes, também presente na reunião.
Exemplificando a pauta da reunião, através do Sistema Desempenho é realizado o acompanhamento mensal e anual na forma de indicadores que permitem avaliar os cenários por ramo, por região e por grupos específicos, possibilitando traçar perspectivas futuras para melhoria da gestão e governança das Cooperativas.
Operacionalizado pela plataforma do Eixo Desempenho, em ambiente web, este sistema visa oportunizar o desenvolvimento das cooperativas com a coleta e registro de dados econômicos, financeiros, fiscais, tributários, de RH e sociais, organizando as informações e gerando conhecimento e subsídios técnicos aos dirigentes e executivos das respectivas cooperativas em seu processo decisório gerencial.
Os temas relacionados à proteção de dados pessoais, cuja discussão e necessidade de enfrentamento foi potencializada pela entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD no ano passado, não são mais novidade (ou, ao menos, não deveriam ser). Aliás, de início, deixo uma recomendação: se para a sua cooperativa o tema é muito novo, apresse-se, a necessidade de conhecê-lo é urgente.
Há quem diga que a LGPD possui viés proibitivo e que, de alguma maneira, afetará negativamente as atividades das cooperativas. Discordo completamente. A Lei, que inaugura uma série de regras que devem ser observadas durante as atividades que se utilizam de dados pessoais e que, inclusive, resguarda interesses industriais e comerciais, produzirá efeitos bastante positivos já que estimula a transparência, informação e cooperação. Rapidamente, podemos concluir que o modelo de relações que a LGPD pretende estimular está em linha com alguns dos 7 (sete) princípios do cooperativismo – educação, formação e informação e interesse pela comunidade.
Mas afinal, qual o objetivo da LGPD?
Estabelecer um microssistema jurídico específico de garantias, direitos e deveres relacionados às atividades diversas que envolvem a utilização de dados pessoais (dados de pessoa física) – são, exemplificadamente, atividades que envolvem a utilização de dados pessoais: seleção, admissão e demissão de colaboradores, controle de jornada, processamento de folha de pagamento, gestão de benefícios diversos, emissão de notas fiscais, remessa de comunicados de marketing e publicidade por e-mail, telefone ou qualquer outro meio, formalização de contratos, realização de eventos e treinamentos, emissão de documentos diversos em que estejam indicados dados de pessoa física, monitoramento de ambientes, dentre inúmeras outras atividades (comumente, organizações de médio porte têm entre 150 e 300 atividades distintas de utilização de dados pessoais). O objetivo da LGPD não é outro que não colocar a todos nós, titulares de dados pessoais, em posição onde (talvez) jamais estivemos – de efetivamente estarmos bem informados sobre os propósitos para os quais nossos dados pessoais são utilizados, de podermos responsabilizar aqueles que os utilizam indevidamente, bem como de, em algumas situações, podermos decidir se nossos dados pessoais serão ou não utilizados para determinados objetivos.
O que as Cooperativas precisam fazer para se adequarem à LGPD?
A lista é longa e não cabe, detalhadamente, aqui, especialmente porque, via de regra, as cooperativas utilizam em múltiplas atividades uma série de dados pessoais de a) colaboradores; b) familiares de colaboradores; c) associados; d) clientes; e) visitantes; f) candidatos a vagas de emprego; g) prestadores de serviços pessoa física e outras tantas categorias. No entanto, destaco alguns itens: 1) justificar as atividades de utilização de dados pessoais (inclusive, mediante a confecção de Registro das Atividades de Tratamento de Dados Pessoais), de acordo com as bases legais indicadas em Lei; 2) estabelecer e registrar finalidades específicas para cada uma das atividades para as quais os dados pessoais são utilizados, garantindo que não sejam utilizados para outros fins; 3) informar detalhadamente as pessoas que têm seus dados pessoais utilizados sobre como, por quanto tempo, para quais objetivos e com quem são compartilhados enquanto a cooperativa os utiliza; 4) implementar políticas internas e externas, específicas e gerais, de proteção de dados pessoais, indicando os procedimentos padronizados que devem ser respeitados por toda a cooperativa e pelo núcleo com o qual se relaciona; 5) adotar medidas de segurança para proteção e monitoramento do ambiente físico e digital pelo qual transitam os dados pessoais; 6) manter estrutura capaz de atender aos direitos (que são vários!) alcançados para todos nós, enquanto titulares de dados pessoais; 7) qualificar e treinar colaboradores e prestadores de serviços para que atuem em conformidade; 8) regularizar contratos e documentos utilizados para formalizar relações que envolvem a utilização de dados pessoais ou compartilhamento de dados pessoais com fornecedores; 9) atuar de forma preventiva, considerando a privacidade das pessoas e os direitos estabelecidos pela LGPD desde a concepção dos processos de negócio/atividades que tratam dados pessoais.
Por onde começar?
Para adequação é essencial que as cooperativas identifiquem, inclusive de acordo com sua capacidade de investimento, automatização de controles, recursos humanos disponíveis e qualificação destes recursos, o formato mais adequado para desenvolvimento do projeto de implementação da conformidade. O primeiro passo, sem dúvida, passa pela criação de um grupo de trabalho (uma espécie de comitê) dentro da cooperativa para tratar sobre o tema e definir o formato do projeto de adequação. É essencial que tal grupo avalie, ainda que de forma superficial em razão da possível ausência de familiaridade com o tema, os impactos da LGPD nas atividades da cooperativa (com seus associados, colaboradores e outras pessoas que pela cooperativa têm seus dados tratados) e defina se o projeto será realizado apenas com recursos internos (ou seja, pelas mãos dos próprios colaboradores da cooperativa) ou com a ajuda de recursos externos (consultorias). Para aquelas cooperativas que optarem pela contratação de consultorias, na etapa de escolha, recomenda-se que optem por fornecedores que encarem o projeto de implementação de conformidade de modo integral, envolvendo as áreas de expertise de tecnologia da informação (infraestrutura), segurança da informação (melhores práticas) e jurídica. Igualmente recomendável que a contratação esteja baseada em entregáveis e não em avaliações ou planos de ação subjetivos.
No atual contexto, com a Lei já em vigor desde o ano passado e com a possibilidade de aplicação de penalidades a partir de agosto, é de extrema urgência que as cooperativas se mobilizem para adotar medidas que as coloquem em conformidade com a LGPD – a complexidade e o volume de tais medidas serão definidos de acordo com as características do ambiente e a quantidade de atividades de utilização de dados pessoais realizadas.
Reiterando o que disse no início: se o tema é novidade para a sua Cooperativa, se apresse.
Cristhian Groff
Advogado especialista em Contratos, Responsabilidade Civil e Direito Digital. Sócio do Cabanellos Advocacia. Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, da CNCOOP – Confederação Nacional das Cooperativas e do SESCOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo.
O encontro acontece no momento em que todo o setor produtivo se prepara para a retomada da economia, nesse momento de pandemia e com a expectativa de divulgar seus trabalhos, seus produtos e promover toda a cadeia produtiva para todo o Brasil.
Levando em conta a grandeza desse setor, o ENCONTRO DA AGRICULTURA FAMILIAR E A FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR DO CEARÁ, tem o objetivo de capacitar, transferir conhecimentos, divulgar produtos e promover o empreendedorismo e o agronegócio como uma atividade economicamente eficiente, ambientalmente sustentável e socialmente justa.
O Sistema OCB Ceará é uma das entidades presentes no evento, a convite do Instituto Future de Promoção e Cultura e da FENACHE. A Analista de Desenvolvimento de Cooperativas, Vládia Silva, e o Assessor Jurídico, André Fontenelle estarão à frente do momento, proferindo a palestra intitulada "As ações do Sistema OCB voltados para fortalecer e desenvolver as Cooperativas Agropecuárias", que vai acontecer na próxima quinta-feira, 04 de novembro de 2021, às 15h30.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site http://institutofuture.com.br/agriculturafamiliar.
Os agricultores têm, agora, mais um incentivo para a produção sustentável. Nesta quarta-feira (27), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, assinou uma portaria que cria o Floresta+ Agro, iniciativa que estimula a remuneração ou a recompensa dos produtores rurais que protegem áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais. O lançamento ocorreu durante cerimônia na sede da pasta, em Brasília (DF).
A ideia é reconhecer o esforço da cadeia produtiva de bens, insumos ou serviços em manter atividades e empregos sustentáveis desde a origem do produto e, portanto, consolidar o mercado de pagamento por serviços ambientais.
Para isso, empresas ou pequenos agricultores devem comprovar a compensação por meio do aumento e da manutenção dos estoques de carbono; da regulação do clima; e da proteção e a fertilidade do solo, entre outras medidas.
Na prática, a iniciativa estimula que aquela roupa feita de algodão que é vendida na loja, por exemplo, tenha a matéria-prima oriunda de uma atividade sustentável. “Vai ser possível expandir a informação e chegar aos compradores dos produtos”, explicou o ministro.
Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Busato, o setor é referência mundial em sustentabilidade. “81% do algodão brasileiro possuem selo [de certificação] e estão de acordo com [os requisitos do] Código Florestal”, disse.
Busato acrescentou que o agro preserva 282,8 milhões de hectares no país. “Queremos unir esforços para mudar a imagem distorcida que o Brasil tem. Precisamos mostrar ao mundo que, em questão de preservação, nós brasileiros somos os mocinhos”, enfatizou.
A poucos dias de viajar para Glasgow, na Escócia, para participar da Cúpula do Clima, o ministro do Meio Ambiente elencou ações da agenda ambiental brasileira, como o lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde, na segunda-feira (25). “O Brasil é uma potência econômica e natural. Nunca, nenhum país, vai ter a agricultura que temos”, destacou. A iniciativa vai incentivar o uso de linhas de crédito para projetos verdes.
De acordo com a equipe técnica do Banco do Brasil, presente na cerimônia, a carteira de negócios sustentáveis do agro supera R$ 100 bilhões, e cresceu 17% no último plano safra. O banco representa 70% das contratações do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), com crescimento de 50% nos investimentos para redução do desmatamento.
ADESÃO AO FLORESTA+ AGRO
A adesão dos produtores rurais ao Floresta+ Agro poderá ser feita de forma individual, coletiva, por projetos, por microrregião e por produto. O registro deverá ser realizado na Plataforma do Floresta+ e depende da inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Fornecedores ou compradores do agronegócio poderão conectar suas iniciativas aos produtores rurais por meio de fidelização: pontuação, premiação e outras iniciativas monetárias e não monetárias. A comprovação dos resultados de conservação e os prazos para monitoramento das áreas deverão ser estabelecidos por profissional ou empresa.
COOPERATIVISMO
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o Floresta+ Agro é uma excelente oportunidade para reconhecer o trabalho que já é feito, na prática, pelas cooperativas e seus produtores, com foco na sustentabilidade de seus negócios, sob o ponto de vista ambiental, e, também, relacionado à mudança da imagem do Brasil no exterior. “Nós sabemos que o agro brasileiro é um só, por isso, todos precisam fazer a sua parte, cuidando dos recursos naturais e reconhecendo o que já é feito, sempre pensando nas pessoas, no meio ambiente e, claro, no país”, avalia o líder cooperativista.
(Fonte: Ascom MMA com acréscimo do Sistema OCB)