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Em 2021, a relação entre cooperativas e startups pode ser ainda mais estimulada no Brasil. Para fomentar a inovação no cooperativismo e conectar o setor a esse modelo de negócios que cresce cada vez mais mundo a fora, foi aprovado nesta quarta-feira (24), no Senado Federal, o Projeto de Lei Complementar (PLP 146/19) que institui o Marco Legal das Startups. Como houve alteração no texto, a proposta volta para nova análise na Câmara dos Deputados.
O principal objetivo da medida é fomentar o mercado de startups no país, por meio da desburocratização de processos e do aumento da segurança jurídica para investimentos. O relator da proposta, senador Carlos Portinho (RJ), defendeu a iniciativa e destacou a importância desse tipo de empresa para o país.
“Startups são empresas embrionárias. Nascem a partir de ideias inovadoras e disruptivas, desenvolvem projetos que buscam soluções para os mais diversos problemas, atraem e empregam tecnologia em grande parte, captam o interesse da juventude e desenvolvem o empreendedorismo, entregando ao final, além de soluções, produtos e serviços”.
O projeto prevê critérios para que uma empresa seja considerada startup, como faturamento anual máximo de R$ 16 milhões e dez anos de existência. Além disso, precisam declarar, em seu ato constitutivo, o uso de modelos inovadores ou se enquadrarem no regime especial Inova Simples, previsto no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas.
Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o deputado Evair de Melo (PP-ES), destacou que a aprovação do PLP 146/19 é uma oportunidade para a retomada da economia no Brasil.
“A conexão das cooperativas e startups abre mais uma janela de oportunidades, primeiro para tecnologia e, segundo, para que as cooperativas possam avançar no crescimento econômico e continuar prestando um serviço diferenciado aos brasileiros”, disse.
Segundo o texto da proposta, startups são empresas que tendem a operar com bases digitais, com grande potencial econômico, inclusive de atração de investimentos estrangeiros, e predispostas à internacionalização.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio de Lopes de Freitas, a inclusão das cooperativas é importante para o setor continuar avançando com mais empregos, renda e desenvolvimento local. “A lei busca aprimorar o sistema de investimentos brasileiro para garantir um ambiente de negócios mais seguro para os empreendedores e beneficiar a sociedade, especialmente durante o período de recuperação econômica pós-pandemia”, explicou.
Cooperativismo, Agricultura Familiar e o Programa Nacional de Alimentação Escolar é o título da obra recém-publicada pelo Sistema OCB em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV/MG), por meio de um projeto financiado pela chamada CNPq/Sescoop nº 07/2018. O livreto apresenta reflexões para uma agenda municipal de desenvolvimento sustentável com base no fortalecimento das cooperativas da agricultura familiar e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Coordenado pelos professores e pesquisadores da UFV, Alair e Alan Ferreira de Freitas, o livreto considera as incertezas trazidas pela pandemia da Covid-19, que intensificaram as situações de vulnerabilidades socioeconômicas, insegurança alimentar e fome, para demonstrar a importância da produção local de alimentos e de seu escoamento.
“Nesse sentido, o PNAE, além de contribuir para a alimentação escolar e para o abastecimento da rede socioassistencial dos municípios, tem representado também uma alternativa de renda para a agricultura familiar. Ao conectar produção e consumo, ampliando o mercado aos agricultores familiares, o PNAE tornou-se mecanismo econômico que fomenta a geração de renda e a segurança alimentar e que contribuiu com o combate à fome e a pobreza rural”, afirmam os coordenadores.
Sobre a relevância das cooperativas, eles destacam se tratar de sociedades “organizadoras de cadeias produtivas e instrumentos de fortalecimento da agricultura familiar. Elas contribuem para a dinamização econômica dos municípios, merecem atenção dos governos locais e podem ser grandes aliadas da gestão pública para a inclusão produtiva e a promoção do desenvolvimento sustentável”.
Confira na entrevista a seguir, pontos importantes do livreto destacados pelo professor Alair Ferreira de Freitas:
- Qual a importância desse livreto para o desenvolvimento da agricultura familiar brasileira?
Esse material reforça a conclusão de vários trabalhos técnicos e científicos de que a agricultura familiar precisa ser reconhecida como segmento fundamental para a economia e a segurança alimentar, no campo e na cidade. O livreto pode ajudar governos locais a refletirem sobre isso e a institucionalizarem uma agenda pública de promoção do desenvolvimento sustentável, valorizando a agricultura familiar e garantindo o direito humano à alimentação adequada e saudável como eixos estratégicos de políticas públicas.
Não superaremos a fome e a insegurança alimentar no Brasil enquanto a agricultura familiarnão estiver no centro da agenda governamental para o desenvolvimento rural. Esperamos com esta publicação semear a ideia e apresentar argumentos de que apoiar a agricultura familiar e suas cooperativas e ampliar e fortalecer as políticas públicas de compra institucional de alimentos, como o PNAE, podem induzir um círculo virtuoso que favorece a economia e a sociedade.
- Como as coops podem fazer parte desse processo?
As cooperativas estão na base desse processo. O fortalecimento da agricultura familiar e a expansão de suas capacidades de estruturar cadeias produtivas e interferir nos mercados passa necessariamente pela sua organização socioeconômica. E as cooperativas são a melhor alternativa para isso. Diversas experiências em todo o país comprovam o quão importante é o cooperativismo para a agricultura familiar e que, organizadas em cooperativas, as famílias agricultoras encontram mais oportunidades para trocarem conhecimentos, agregarem valor aos produtos, acessarem mercados e gerarem trabalho e renda.
As cooperativas são agentes do desenvolvimento sustentável. Seu modelo organizacional ancorado em sólidos princípios cooperativistas e sua organização de natureza não lucrativa tem o potencial de democratizar o sistema agroalimentar e irrigar a economia com uma atuação econômica enraizada nas comunidades.
As cooperativas podem ajudar os governos locais a implementarem o PNAE e a desenvolverem outras ações para apoiar a agricultura familiar e promover a segurança alimentar, mediando a elaboração e monitorando os projetos de compra institucional de alimentos, organizando a produção da agricultura familiar e prospectando oportunidades econômicas para melhorar a qualidade de vida no campo.
- Qual o papel dos poderes Executivo e Legislativo?
Neste livreto, reconhecemos o papel estratégico dos municípios para o desenvolvimento sustentável e a oportunidade que eles têm ao executar PNAE, garantindo apoio à agricultura familiar e suas cooperativas. Os governos locais precisam assumir o papel de articuladores do desenvolvimento, integrando uma rede de organizações parceiras que cooperam para garantir a oferta de alimentos saudáveis ao público escolar do município e a geração de renda para a agricultura familiar. É papel dos governos, não apenas adquirirem o mínimo estabelecido no PNAE de 30% da agricultura familiar, mas de prover o apoio necessário para que as famílias agricultoras tenham condições de produzir e entregar alimentos saudáveis e sustentáveis por meio de suas cooperativas e, assim, para que o programa se realize e expanda no município. Assumir isso contribuirá para que os poderes executivo e legislativo municipais cumpram com seu papel constitucional de garantir o direito à saúde e à alimentação adequada e saudávele a buscar meios para criar oportunidades de trabalho e rendano campo.
- Qual a importância do PNAE neste contexto de pandemia?
Para milhares de famílias em situação de vulnerabilidade social, a alimentação escolar é a mais importante forma de acesso a alimentação cotidiana e contribui significativamente para reduzir a fome no país. Durante a pandemia da Covid-19, com a suspensão das atividades escolares, muitos municípios interromperam o fornecimento de alimentação nas escolas e, assim, a aquisição de alimentos da agricultura familiar. Mas a Lei Federal 13.987/2020 autorizou a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do PNAE diretamente às famílias ou responsáveis pelos estudantes durante a pandemia. Diversos municípios, ao retomarem o programa estão contribuindo para amenizar os impactos da crise atual, especialmente nos grupos mais vulneráveis, mantendo um canal de comercialização de produtos da agricultura familiar e ofertando alimentos para inúmeras famílias em situação de insegurança alimentar.
- Que outros pontos considera importante destacar?
Buscamos estabelecer uma conexão direta com a Agenda 2030 da ONU, explicitando o vínculo entre os ODSs e atuação municipal de apoio às cooperativas da agricultura familiar e o PNAE. O nosso intuito foi apoiar a divulgação dessa agenda internacional de desenvolvimento sustentável e, principalmente, sensibilizar os gestores públicos de que a administração municipal e as políticas públicas precisam estar em consonância com a valorização da vida, a promoção da paz e da justiça e a preservação da natureza. Adotar os ODSs como referencial é uma oportunidade para que os governos locais planejem melhor suas ações e ampliem suas redes e seus projetos.
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“Em 2020, mais de 7,8 milhões de pessoas foram beneficiadas com as ações do Dia C. E, neste ano, queremos e podemos fazer muito mais”, comentou o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, no lançamento online do Dia de Cooperar 2021, voltado às unidades estaduais do Sistema OCB, ocorrido nesta segunda-feira (22/2), com a participação de mais de 130 pessoas.
O superintendente destacou o comprometimento das cooperativas e unidades estaduais com a realização do Dia C. “Nós, aqui da unidade nacional, somos apenas os estimuladores desse movimento, mas quem coloca a mão na massa são os estados e as cooperativas. Por isso, quando vemos números tão grandes quanto os do Dia C 2020, só temos a agradecer a todos, especialmente Minas Gerais, por ter cedido essa ideia tão importante ao Brasil”, comenta.
No lançamento, a gerente de Desenvolvimento Humano em Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira, apresentou os números do Dia C 2020 e também anunciou novidades no sistema de inscrição das cooperativas. “A nossa ideia foi simplificar esse processo, para agilizar o preenchimento das iniciativas no Sistema do Dia C. Todas as modificações realizadas estão de acordo com as necessidades previstas pelas unidades estaduais”, ressalta.
A gerente de Comunicação do Sistema OCB, Daniela Lemke, apresentou a estratégia de comunicação da campanha deste ano e reforçou a agradecimento às unidades estaduais pelo engajamento e trabalho em equipe. “É fundamental que estejamos juntos novamente para fazer acontecer o Dia C 2021. Teremos muito trabalho, mas também muito sucesso”, destaca. Para acessar a identidade visual do Dia C 2021 clique aqui.
NÚMEROS
Em 2020, mais de 7,8 milhões de pessoas foram beneficiadas com as mais de 2,8 mil iniciativas e ações realizadas por 2.226 cooperativas e seus mais de 137 mil voluntários. Se considerarmos as ações focadas no combate ao coronavírus, bem como à redução dos efeitos da covid-19, o total realizado no ano passado foi 2.159. Ao todo, 1.383 municípios brasileiros registraram a força do voluntariado cooperativista. (Leia mais)
LANÇAMENTO PARA COOPS
O lançamento para as cooperativas também ocorreu nesta segunda-feira (22/2), às 16h, e contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do consultor, Francisco Teixeira, e da assessora de Desenvolvimento Territorial do PNUD Brasil, Ieva Lazareviciute. O superintendente Renato Nobile e a gerente de Desenvolvimento Humano em Cooperativas, Geâne Ferreira, também participaram do bate-papo. Quer saber como foi? Clica aqui.
A fim de estimular o aprimoramento de melhores práticas de gestão e auxiliar no cumprimento de requisitos de normas que se aplicam ao negócio, a Unimed do Brasil avalia, reconhece e certifica suas cooperativas e sociedades auxiliares e seus hospitais próprios com o Selo Unimed de Governança e Sustentabilidade e o Selo Hospital Unimed de Sustentabilidade, respectivamente. Em 2020, foram certificadas 180 Unimeds e 65 hospitais.
“O reconhecimento da atuação de nossas cooperativas e hospitais por meio da criação de selos próprios está em linha com nossa principal missão, que é integrar o Sistema Unimed, fortalecendo princípios cooperativistas e valorizando o trabalho médico. Mais do que certificar, os selos Unimed possibilitam um minucioso diagnóstico de gestão e a implementação de melhorias”, explica Orestes Pullin, presidente da Unimed do Brasil.
A certificação com os selos Unimed acontece a cada dois anos, é renovada por edição e possui quatro categorias: Diamante, Ouro, Prata e Bronze. Em 2020, além do recorde de inscrições– com 214 cooperativas e 77 hospitais participantes – e mais de 30.000 arquivos recebidos para avaliação, as edições contaram com um aumento de Unimeds certificadas na categoria Ouro e de hospitais nas categorias Diamante e Ouro, em comparação às últimas edições, em 2018.
O reconhecimento por meio dos selos Unimed tem práticas e indicadores alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A certificação incorporou parâmetros de avaliação alinhados às melhores práticas de mercado, integrou aspectos de governança e gestão na perspectiva da sustentabilidade e, ainda, considera a situação econômico-financeira adequada para o resultado final.
Criado em 2003, o Selo Unimed de Governança e Sustentabilidade auxilia na evolução continuada gestão e prepara as Unimeds participantes para a competitividade do mercado e o atendimento às exigências de órgãos de regulação, visando ao crescimento sustentável do Sistema Unimed. Já o Selo Hospital Unimed de Sustentabilidade, lançado em 2014, tem o objetivo de oferecer aos Hospitais Unimed uma ferramenta de diagnóstico de gerenciamento hospitalar que viabilize ações para promover uma gestão mais sustentável do negócio, prevendo e prevenindo algum impacto negativo e criando oportunidades.
As Unimeds e os hospitais interessados em participar têm de preencher um questionário e enviar evidências que comprovem as práticas selecionadas. Isso feito, a candidatura é avaliada por uma comissão multidisciplinar composta por mais de 70 técnicos da Unimed do Brasil e a participante é reconhecida dentro das categorias de classificação, além de receber uma devolutiva com sugestões de melhorias e suporte à sua evolução.
Entre as principais vantagens das cooperativas e hospitais próprios Unimed que participam da certificação, estão a antecipação às regulamentações do setor e o alinhamento às melhores práticas, além da adequação às normas e leis voltadas para a gestão hospitalar e o incentivo às boas práticas de gestão ambientais e sociais.
O reconhecimento também reflete o compromisso da instituição em promover ações de melhoria contínua dos processos internos, fortalecendo a integração, aumento da satisfação das cooperativas e hospitais e, como consequência, um atendimento e oferta de serviços de saúde com excelência, impactando positivamente toda a sociedade.
Sistema Unimed e Sustentabilidade
Para o Sistema Unimed, sustentabilidade é o equilíbrio entre saúde social, ambiental e econômica, com redução de resíduos e emissões, estímulo do consumo consciente, promoção do desenvolvimento humano, engajamento comunitário e ações socioculturais, incentivo ao suprimento local e responsável e a atuação com excelência operacional, ética nas relações e transparência para a sociedade.
Sobre o Selo Unimed de Governança e Sustentabilidade 2020 – A edição 2020 contou com a inscrição de 214 Unimeds, sendo 28 delas novas participantes. Ao todo, 200 cooperativas encaminharam a documentação necessária para a avaliação. Destas, 180 Unimeds foram certificadas, um aumento de dez em relação a 2018. Entre as Unimeds certificadas, uma atingiu o nível Diamante, 56 o Ouro, 95 o Prata e 28 o Bronze. Em comparação a 2018, observou-se aumento do número de Unimeds certificadas na categoria Ouro.
Sobre o Selo Hospital Unimed de Sustentabilidade 2020 – Ao todo, 77 hospitais próprios realizaram a inscrição, sendo 23 novos participantes. Destes, 70 encaminharam toda a documentação necessária para avaliação, e 65 foram certificados, contabilizando um aumento de 10 hospitais em relação à edição 2018. Entre os hospitais certificados, oito atingiram o nível Diamante, 32 o nível Ouro, 22 o nível Prata e três o Bronze. Em comparação a 2018, houve aumento do número hospitais certificados nas categorias Diamante e Ouro, e uma diminuição de certificações nas categorias Prata e Bronze.
Sobre a Unimed – A Unimed possui 53 anos de atuação no mercado de saúde suplementar. A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje é composta por 345 cooperativas de saúde, com assistência para cerca de 18 milhões de beneficiários em todo País. Entusiasta do movimento SomosCoop, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Unimed conta com mais de 116 mil médicos, 126 hospitais próprios e cerca de 2.500 hospitais credenciados, além de pronto-atendimentos, laboratórios e ambulâncias para garantir a qualidade da assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar prestada aos beneficiários das cooperativas. Sua marca é ratificada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) como de alto renome por seu grande nível de conhecimento pelo público, autoridade incontestável e fama que ultrapassa os limites do segmento de saúde. (Fonte: Sistema Unimed)
O Sistema OCB Ceará informa que, a partir desta segunda-feira (22) até o dia 28 de fevereiro, a unidade funcionará em regime Home Office. A decisão foi tomada em cumprimento ao Decreto Nº 33.936, de 17 de fevereiro de 2021, do Governo do Estado, que dispõe sobre novas medidas de enfrentamento ao Coronavírus no Ceará.
A equipe do Sistema OCB continua com o firme propósito de trabalhar para representar, defender, articular e promover o cooperativismo.
Estamos disponíveis para eventuais esclarecimentos.
Att,
Sistema OCB Ceará
O futuro do Sistema Nacional de Crédito Rural e, também, do Plano Safra 21/22 foram temas da reunião entre lideranças cooperativistas com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos. A reunião virtual ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira (18/2).
De forma geral, a intenção foi alinhar a perenidade dos programas e das linhas de financiamento de crédito rural que beneficiam os empreendimentos cooperativos voltados ao custeio, giro, comercialização e investimento, conforme explicitado nos diferentes capítulos do Manual de Crédito Rural (MCR), mantendo a arquitetura e as bases para sua adequada aplicação.
Para Márcio Freitas, líder cooperativista, o crédito rural é um dos principais fatores de produção e condicionantes do sucesso do agro brasileiro nas últimas décadas. “A produção agropecuária brasileira, pela qual as cooperativas respondem por cerca de 50%, se desenvolveu de tal forma que o país passou de importador de alimentos para um dos maiores produtores e exportadores mundiais. E isso se deve, em muito, a uma política agrícola consistente, que foi capaz de garantir um volume de recursos e taxas de juros compatíveis com o retorno das atividades no meio rural”.
Por isso, na reunião de hoje, os representantes do setor disseram que há grande expectativa para que o governo defenda a importância das cooperativas agropecuárias, para o maior protagonismo de pequenos e médios produtores, especialmente no que se refere à agricultura familiar. “As cooperativas permitem o ganho de escala ao produtor, diminuindo as distorções de mercado por grandes conglomerados econômicos e, ainda, transferindo tecnologia no campo”, destaca Márcio Freitas.
Além disso, os representantes também reafirmaram como fundamentais as políticas públicas que reforcem o papel das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional do país, de forma a capilarizar o acesso aos produtores, micro e pequenos negócios tanto no campo quanto na cidade, com taxas e juros menores e melhores condições para milhões de brasileiros. Também afirmaram a confiança na condução das políticas públicas pelo Ministério da Agricultura e Banco Central.
MODERNIZAÇÃO
Ao final da reunião, a ministra da Agricultura destacou a relevância do bom relacionamento com o setor produtivo para que o desenvolvimento aconteça sempre. “Estamos sempre abertos a melhorar, modernizar os processos. As cooperativas agropecuárias são importantíssimas e os números de vocês mostram isso. Nossa intenção é modernizar o crédito rural, trazendo menos burocracia e mais agilidade. Eu desconheço uma interatividade tão boa quanto a que temos com o Banco Central e o Ministério da Economia, por isso, vai dar tudo certo”, comentou.
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos, destacou a relevância da autonomia da instituição e que isso só fortalece as políticas públicas. “Modernizar é importante e é uma tendência, e por isso estamos buscando mecanismos que possam viabilizar mais recursos ao setor agropecuário, desburocratizando e dando mais autonomia ao mercado”, concluiu.
Cooperativismo e startups de inteligência colaborativa ganham destaque no setor econômico brasileiro
Com a pandemia da Covid-19, vários setores da economia brasileira passaram por muitos desafios, de acordo com o Sistema da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, a crise não atingiu o movimento cooperativista que continua crescendo e se destacando como um agente importante na economia nacional, em um setor cada vez mais eficiente e competitivo. O balanço divulgado no Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2020 aponta o faturamento de R$ 308,8 bilhões.
Foto: DINO / DINO
A eficiência econômica em destaque nas cooperativas brasileiras se evidencia com a adoção de um sistema de startups de inteligência colaborativa, segundo Yves Rabelo Mourão, engenheiro civil com ênfase em Gestão de Projetos e Produtos digitais. O profissional esclarece que a prática do exercício de se organizar compartilhando ideias semelhantes e otimizando tarefas, que seriam repetitivas caso fossem feitas isoladamente, faz com que as cooperativas adquiram resultados que nunca seriam alcançados se fossem produzidos sozinhos.
Conforme o engenheiro civil, a inteligência colaborativa no setor cooperativismo faz com que lideranças inovadoras e uma gestão profissionalizada troquem o antigo pelo novo, ou seja, desenvolvam um trabalho mais vantajoso, rentável e sustentável. "Esse modelo de cooperativismo podemos ver, incrivelmente, na natureza animal. Como por exemplo, as formigas. Cada uma tem sua função no formigueiro e, além disso, fazem suas atividades de forma sincronizada. Uma formiga ao encontrar um pedaço de doce, chama as outras, que em colaboração e organização estratégica levam o doce ao formigueiro. Supercolaborativas e eficientes!", explica Yves Mourão, que tem MBA em Gestão Empresarial e Especialização em Construções Sustentáveis.
A inteligência colaborativa, alega o profissional, deixou o setor cooperativista com maior capacidade de unir forças e fazer parcerias para otimizar resultados, facilitando até mesmo nas soluções de problemas. As empresas passaram a construir redes colaborativas, aumentando cada vez mais seus lucros e se tornado cada vez mais poderosa. "E se nós pudéssemos trabalhar igual às formigas? Foi exatamente isso que aconteceu com o advento da internet e a introdução dos smartphones em nossas vidas, os aplicativos direcionados para fins específicos reúnem pessoas de interesses comuns que colaboram entre si para um bem coletivo. Exemplos de lucratividade e poder no ramo digital, temos: Instagram, Wase, Facebook, iFood, Uber, Airbnb, entre outros", explana Mourão, palestrante nas temáticas relacionadas a sistemas colaborativos de otimização de custos, processos e crescimento comercial, com foco em: compras com demanda agrupada; tecnologia BIM; cooperativas e startups de construção civil.
Atualmente, de acordo com dos dados disponíveis no Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2020, desenvolvido pelo Sistema OCB, o cooperativismo brasileiro conta com 5.314 cooperativas e 15,5 milhões de pessoas cooperando para um melhor desenvolvimento sustentável. E no ano passado, registraram um patrimônio líquido de R$ 126,4 bilhões, enquanto que no ativo total o valor registrado foi de R$ 494,3 bilhões.
"Tive a oportunidade de desenvolver o setor comercial da maior cooperativa de construtoras do Brasil, a Coopercon CE, detentora de 42% do marketshare do Brasil, segundo o anuário da Coopercon Brasil de 2019. Passei sete anos desenvolvendo processos e metodologia de trabalho com as construtoras cooperadas, que objetivavam comprar insumos e desenvolver negócios em conjunto. Mas nós éramos as formigas sem a comunicação necessária. Nos dois últimos anos que estive lá, estivemos focados em desenvolver uma plataforma digital onde as empresas poderiam colaborar com as suas demandas, para a compra de produtos específicos e, além disso, compartilharem com as outras construtoras as vantagens de aderirem àquela compra. Os resultados foram tão positivos que outras cooperativas aderiram às compras pelo portal", relata o engenheiro civil, com cursos de: Formação de Empreendedores; Processo de Aceleração da Startup Antecip; Planejamento para Iniciação Empresarial e The basics of civil construction in USA - International Construction Immersion (ICI).
Mourão, que possui experiência em Formação de rede colaborativa de startups para construção civil com serviços complementares, com foco em redução de custos e aumento de produtividade, esclarece que também existem muitas plataformas e aplicativos que permitem uma organização sistemática realizar atividades comuns sem intervenção de intermediários, consequentemente, sem comprometer as margens de ganho das partes.
"É só deixar a imaginação livre para criarmos mais soluções em conjunto e de forma colaborativa. Hoje estamos organizando algumas startups de construção civil que atuam de forma complementar, mas com alguns objetivos em comum, é como se organizássemos vários formigueiros para potencializarem seus resultados juntos. Quem sabe ultrapassamos a tecnologia das formigas", conclui o engenheiro civil Yves Rabelo Mourão, que tem forte experiência em atuação em desenvolvimento e gestão de novos negócios na área de construção, como solução para redução de custos no setor através de novas tecnologias, tendo a economia coletiva como base e em criação, desenvolvimento e em gestão de startups com foco em: negociações B2B com demanda agrupada.
Website: https://www.linkedin.com/in/yves-mourao/
Desde março de 2020, o Sistema OCB publica, semanalmente, análises sobre vários temas e seus impactos para as cooperativas. São informações que tratam de política, economia, reforma tributária, pleitos do cooperativismo em tramitação no Congresso Nacional, normativos e medidas tributárias publicadas pelo governo. Neste ano, essas análises passaram a ser divulgadas por meio do Panorama Coop, uma newsletter atualizada todas as quintas-feiras. Confira os destaques da segunda edição de 2021.
Análise política - A partir de agora, as análises políticas serão feitas a cada quinze dias. Desta vez, são apresentadas reflexões e perspectivas para o cooperativismo, a partir da escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado. Também são apresentadas as prioridades do setor para o ano. Acesse a Análise Econômica
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Coop na Reforma Tributária - A programação do Congresso Nacional para aprovação da Reforma Tributária na comissão mista segue mantida nas próximas semanas. De acordo com o presidente do colegiado, senador Roberto Rocha, o relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro deve ser apresentado até o dia 23/2 e o texto votado até o dia 4/3. Após a divulgação do relatório é esperado que seja concedida vistas coletivas para que os membros da comissão tenham alguns dias para apresentar sugestões, que serão analisadas pelo relator para eventual inclusão no relatório. A partir daí, ainda não há decisão se o texto começará a tramitar pela Câmara ou pelo Senado e se será apresentado em uma nova PEC ou se o parecer irá ser apensado à alguma das propostas já em tramitação – PEC 45/19 ou PEC 110/19. Continuamos atentos!
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Notícia de destaque - O deputado Evair de Melo (ES), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou na terça-feira (09/02), a importância do Selo Agro Mais Integridade, concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a empresas e cooperativas agropecuárias. Leia mais
O deputado Evair de Melo (ES), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou nesta terça-feira (9), a importância do Selo Agro Mais Integridade, concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a empresas e cooperativas agropecuárias.
Segundo o parlamentar, a medida premia boas práticas e serve como forma de alavancar os negócios do setor no país. “O Brasil tem o desafio de comunicar cada vez mais e melhor as boas ações que o agro realiza. Esse tipo de iniciativa realizada pelo Mapa deixa uma marca de integridade, visibilidade e credibilidade – cria um diferencial competitivo no mercado”, declarou.
Evair disse ainda que, além do reconhecimento de boas práticas, o selo garante aos consumidores alimentos de qualidade e de boa origem. “Essa conduta gera um estímulo para que as companhias e cooperativas possam cada vez mais investir em métodos, técnicas orientações e transparência no agro brasileiro”.
O regulamento para a conquista do selo relativo ao exercício de 2021/2022 foi publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (8). De acordo com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, essa edição irá contemplar organizações do setor pesqueiro. “Os princípios que norteiam o selo são prioridade no Mapa. Acreditamos que iniciativas assim podem ser um escudo na alavancagem de lucros e um diferencial importante no novo modelo do agronegócio íntegro e sustentável que estamos apresentando para o mundo”, afirmou.
COMO FUNCIONA
O Selo Agro Mais Integridade busca reconhecer empreendimentos agropecuários e cooperativas no Brasil que adotam boas práticas de responsabilidade social, ética, sustentabilidade ambiental e comprometimento em inibir fraude, suborno e corrupção. Os contemplados podem usar a marca do selo em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações.
Para receber o selo, a empresa ou cooperativa precisa comprovar que adota um programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos, ações com foco na responsabilidade social e ambiental e que promove treinamentos para melhoria da cultura organizacional.
Os interessados em participar da próxima edição devem realizar sua inscrição diretamente no site oficial do Mapa, no período de 2 de março a 4 de junho de 2021, preenchendo o formulário de inscrição disponibilizado aqui.
A Cooperativa de Trabalho da Indústria de Calçados de Quixeramobim é a primeira do estado do Ceará a aderir ao Programa Aprendiz Cooperativo, do SESCOOP/CE, transformando a vida desses jovens, abrindo-lhes a perspectiva de futuro promissor. Contrato foi firmado na segunda-feira (8/2).
O pensamento é simples, mas de repercussão social imensa: estimular o ingresso de jovens no mercado de trabalho, por meio da formação profissional do garoto/da garota após um ciclo de qualificações que contribuirá decisivamente com o seu desenvolvimento pessoal e impulso para o primeiro emprego. Eis o escopo do Programa Aprendiz Cooperativo do SESCOOP/CE, uma grande oportunidade para as novas gerações. A Cocalqui inaugurou a realidade, mostrando a força econômica do Sertão Central e interesse pela comunidade (7º Princípio do Cooperativismo).
Formação e aspecto legal
A qualificação dos primeiros aprendizes começou em julho de 2019, estendendo-se ao mês de dezembro de 2020. Ao todo, foram inscritos 43 jovens de 18 a 24 anos. O curso ofertado: “Aprendiz Cooperativo de Assistente em Manufatura de Calçados”, direcionado à área de produção da fábrica, envolvendo teoria e prática, concomitantemente, com um total de 1.250 horas/aula (400 teóricas e 850 práticas).
A iniciativa possibilitou a formação de trabalhadores para atuar no mercado calçadista da região, sob a liderança da Cocalqui. E tornou possível à cooperativa responder às exigências legais do Ministério do Trabalho, que, de acordo com a Lei 10.097 de 2000 (do Menor Aprendiz), obriga as empresas de médio e grande porte (com 50 ou mais funcionários) a contratarem de 5% a 15% de jovens na condição de aprendizes, na composição de seu quadro de colaboradores.
Programa Aprendiz Cooperativo
Entre as premissas estão a oferta de capacitação, associada à prática profissional, e - primordialmente - a disseminação da cultura cooperativista entre os participantes. Todo o programa do curso é regido pelos Princípios e Valores do Cooperativismo, com apoio do SESCOOP/CE. Sendo assim, o jovem tem a oportunidade de conhecer esse movimento social e econômico por dentro da cooperativa, vivenciando na prática esta cultura, desenvolvendo o seu papel como membro de uma coletividade, destacando a prática da cooperação como estilo de vida.
A analista de desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB Ceará, Dorinha Madeira, explica que além do resultado imediato na vida do jovem que se capacita, a formação técnico-profissional se estabelece de forma efetiva ao longo prazo. “Os aprendizes são remunerados pela cooperativa, que firma um contrato de trabalho especial, permitindo-lhe diminuir a distância entre o primeiro emprego, a experiência e a formação profissional”, completa.
Ainda em março de 2021, duas novas turmas serão iniciadas, cada uma com 25 alunos. A expectativa é que a parceria Cocalqui-SESCOOP/CE resulte em mais uma turma de 25 aprendizes, no segundo semestre deste ano, totalizando 75 profissionais no mercado de trabalho.
Investindo no futuro
Em resposta ao excelente desempenho dos participantes do Programa do SESCOOP/CE, a Cocalqui contratou, até o momento, 18 jovens nos setores de produção e serigrafia. Dorinha Madeira acrescenta que a ação é uma importante forma de investir no futuro econômico da região e no aspecto profissional dos jovens. “A importância econômica da COCALQUI para o município de Quixeramobim e entorno nos impulsiona a garantir a oferta de ações desta natureza, que além da enorme dimensão social, possibilita a formação permanente de profissionais para atuar no mercado da manufatura de calçados, cujas estratégias de aumento de vendas e de produção também passam pela existência de mão de obra qualificada para a atividade”.
Confira a lista dos 18 recém-contratados!
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O ano de 2020 foi de reinvenção para o setor da saúde. Cooperativas e empresas do setor precisaram se adaptar e a tecnologia foi crucial para atender às medidas de isolamento social da pandemia. O número de startups de saúde, as chamadas “healthtechs”, também demonstra a mudança no setor: saltou de 248 para 542 startups, entre 2018 e 2020, segundo dados do Distrito HealthTech Report 2020. Um crescimento de 118% e que tem tudo para continuar acelerado em 2021.
Embora a inovação e a tecnologia já venham impactando muitos setores da economia, na saúde as transformações são ainda mais significativas por haver uma grande barreira cultural. Afinal, a medicina é algo milenar, cheia de princípios e, principalmente, regulamentações. Romper paradigmas neste contexto não é algo simples. Mas, com a pandemia, a digitalização era mais que necessária.
Um exemplo disso é a telemedicina, cuja tecnologia já existia - a Unimed-BH, por exemplo, trabalhava nesse projeto desde 2018 - mas só foi, de fato, acelerada em 2020. Na pandemia, ela se tornou a melhor opção para quem precisava de uma consulta, evitando aglomerações nos hospitais.
Além disso, o crescimento das healthtechs também representa um ganho para as organizações mais tradicionais do setor. Isso porque as startups promovem a redução de burocracias e melhoria da gestão. Cerca de 25% das healtechtechs, segundo o Distrito HealthTech Report 2020, estão focadas na gestão de clínicas, hospitais e laboratórios.
Uma coisa é fato: a tecnologia veio para ficar e transformar o setor. Por isso, preparamos este post para mostrar tendências que agora são realidade no ramo saúde. E vamos mostrar também que as cooperativas brasileiras de saúde estão inovando e se adaptando ao novo contexto. Acompanhe!
Telessaúde
Os principais exemplos da digitalização na saúde são a telessaúde e a telemedicina, que se referem ao uso de tecnologias da informação para atendimentos e consultas. Enquanto durar a pandemia, os médicos brasileiros têm autorização para atender de forma virtual. É o que dizem tanto a Portaria nº 467, do dia 20 de março de 2020, quanto a Lei nº 13.989, de 15 de abril de 2020, publicadas pelo governo.
Depois, em 20 de agosto de 2020, o Diário Oficial da União (DOU) trouxe também a promulgação de um complemento à Lei nº 13.989. O novo trecho diz que a regulamentação da telemedicina poderá ser feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) após o período de crise causada pelo novo coronavírus. Portanto, tudo indica que a telemedicina fará parte da saúde brasileira de forma definitiva.
O crescimento desse serviço tem sido exponencial. A startup Docway, que tem como clientes Seguros Unimed, Unimed Fesp, SulAmérica e outras, registrou crescimento de 600% no faturamento em 2020. Ao longo do ano passado, foram registrados mais de um milhão de atendimentos na plataforma, sendo 35% das consultas relacionadas à Covid-19.
A Unimed-BH, cuja área de inovação já vinha estudando e planejando a telemedicina há dois anos, conseguiu disponibilizar sua plataforma logo no início da pandemia. Inicialmente, a plataforma era apenas para consultas relacionadas à Covid-19. Depois, em decorrência do decreto que regulamentou a telemedicina, a funcionalidade foi ampliada para outras especialidades.
Como resultado, a Unimed-BH conseguiu reduzir em mais de 60% a movimentação em suas unidades de Pronto Atendimento. Mais de 570 consultas chegaram a ser realizadas num único dia, totalizando mais de 14 mil consultas no total entre março e junho de 2020. Mais de 12 mil clientes passaram por telemonitoramento no mesmo período.
Na Central Nacional Unimed (CNU), a telemedicina tem sido aliada em suas diferentes modalidades: teleorientação, teletriagem, telemonitoramento e teleconsulta. Entre março e junho de 2020, a célula de atendimento a distância já havia realizado 1,4 mil teleconsultas, feito 8,5 mil teleorientações, colocado em telemonitoramento 3 mil beneficiários e outros 20 mil doentes crônicos.
É importante ressaltar que o uso da telessaúde não se restringe à pandemia ou apenas ao atendimento clínico geral. Algumas especialidades também se beneficiam da tecnologia. A Unifop, que atende às áreas de psicologia, nutrição e fonoaudiologia, criou sua própria plataforma a partir de uma intercooperação com a Lyseon Tech Cooperativa de Trabalho e Soluções Tecnológicas. Como resultado, além da retomada dos atendimentos, a cooperativa ganhou a possibilidade de expansão geográfica da base de clientes.
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) tem sido muito difundida nos últimos tempos e, de forma resumida, consiste num agrupamento de tecnologias que permite que um sistema consiga aprender conceitos. Para que isso aconteça, os sistemas são abastecidos por uma grande quantidade de dados, possibilitando o aprendizado e a ampliação dos seus conhecimentos e capacidades.
Na saúde, a IA é uma aliada para facilitar diversos processos do cotidiano. Por exemplo, ela tem capacidade, entre outras coisas, para:
- Analisar dados e auxiliar no diagnóstico mais preciso de doenças e na recomendação de tratamentos;
- Armazenar e checar dados na nuvem, além de melhorar a base de dados;
- Aprimorar terapias e dispositivos;
- Gerar notificações instantâneas sobre mudanças no estado de saúde de um paciente; de maneira instantânea;
- Melhorar cirurgias com uso de robôs e assistentes virtuais.
O IBM Watson é um exemplo de IA que vem sendo utilizada na saúde. Ele é capaz de escanear livros de exames para aprender os princípios básicos de diagnósticos e analisar os confusos dados em data centers de saúde. Dessa forma, já se fala que, um dia, o Watson poderá ajudar a compensar a falta de médicos nos hospitais, otimizando o processo de diagnósticos dos pacientes.
A IA também tem sido utilizada por companhias de biotecnologia e farmacêuticas, que usam algoritmos de aprendizado de máquina para reduzir o ciclo de desenvolvimento dos medicamentos. Recentemente, pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram uma IA que consegue reconhecer e diagnosticar pacientes com Covid-19 apenas analisando o som da tosse.
No Brasil, a Unimed Grande Florianópolis implantou o Robô Laura nas unidades de internação clínica e cirúrgica, para que o monitoramento e os cuidados dispensados aos pacientes passassem a ser compartilhados entre todos os profissionais. O robô consegue identificar quais são os pacientes que apresentam maior risco de deterioração clínica por meio do monitoramento dos sinais vitais e, dessa maneira, assegura que eles irão receber eventual intervenção mais precocemente.
O Robô Laura é uma solução de IA que trouxe diversos benefícios aos pacientes e cooperados. Em três meses de implantação, o robô monitorou 605 pacientes, gerou 5.640 alertas, aumentou em 30% a quantidade de alertas atendidos em até uma hora e em 55% os atendidos em até três horas. Com isso, a proporção de atendimentos realizados a partir de pelo menos um alerta é de 51%.
Registro Eletrônico de Saúde (RES)
O uso da IA na saúde está diretamente ligado aos dados, o que nos leva a outra tendência: o Registro Eletrônico de Saúde (RES). Ele permite a criação de prontuários eletrônicos e uma espécie de ficha única da pessoa, incluindo não só os exames laboratoriais, mas todo o histórico detalhado e universal do paciente.
Portanto, rastreia todo o ciclo e percurso do paciente e faz com que qualquer profissional tenha a capacidade de trabalhar em coordenação com uma equipe, sem precisar recorrer a meios de papéis, arquivos físicos etc.
Na Unimed Regional Maringá, por exemplo, o RES é uma plataforma que permite o armazenamento e compartilhamento de toda a cadeia envolvida no atendimento dos beneficiários, por meio da interoperabilidade entre sistemas, garantindo uma melhor gestão das informações de saúde. O desenvolvimento da iniciativa começou em 2019 a partir da parceria da Unimed Regional Maringá com a Unimed Central de Serviços - RS, que resultou na criação do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).
Um ponto importante quando falamos de dados é a legislação. Todas as informações e dados pessoais dos pacientes precisam estar pautadas nas regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), tendo como ponto principal o aceite do paciente em compartilhar esses dados com a cooperativa, sua rede de atendimento e cooperados. Inclusive, entre as bases legais que permitem o tratamento de dados pessoais está: “para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária”.
Internet das Coisas Médicas
O mercado de Internet das Coisas Médicas (Internet of Medical Things - IoMT, em inglês) também vem crescendo, segundo estudo da Deloitte. Estamos falando principalmente de apps e wearables para o monitoramento da saúde, que devem crescer a uma taxa significativa. Além de monitorar os pacientes em suas casas, as inovações em sensores e comunicações sem fio permitem que os pacientes sejam monitorados enquanto estão em trânsito.
Com a IoMT, os pacientes fazem todas as atividades que precisarem estando conectados aos seus cuidadores. Nos próximos anos, as soluções de rede avançadas aumentarão o potencial do IoMT e oferecerão uma oportunidade para os pacientes gerarem dados em tempo real, que permitirão tratamentos mais ativos e eficientes, melhorando a capacidade da medicina de lidar com condições crônicas.
Como a tecnologia evolui cada vez mais, os serviços que oferecem soluções de monitoramento também evoluem consideravelmente, sejam relógios inteligentes ou aplicativos para smartphone. É possível monitorar os dados de saúde de pacientes com doenças crônicas, como diabéticos, medindo os níveis de açúcar no sangue ou a quantidade de oxigênio no sangue em casos de doenças respiratórias.
Até 2023, o mercado prevê que o setor de dispositivos vestíveis, os wearables, atinja um valor de mercado de US$ 27 milhões.
Experiência do paciente
Ao longo deste post, falamos bastante de tecnologia e os seus impactos na saúde. Mas como fica a experiência do paciente?
Por um lado, temos ferramentas tecnológicas que facilitam uma abordagem mais personalizada de consultas e tratamentos, economizando tempo e recursos tanto de pacientes como de médicos e prestadores de serviços de saúde.
Mas, por outro lado, o fácil acesso aos meios digitais permite que os pacientes busquem mais informações de saúde disponíveis na internet, redes sociais e aplicativos. Este comportamento demanda mais transparência nas conversas e avaliações clínicas, maior atenção às leis e regulamentos de proteção de dados e novas estratégias para aumentar a confiança e construir melhores relacionamentos com os pacientes e beneficiários.
O resultado é uma nova dinâmica entre pacientes, médicos e cooperativas de saúde. Agora, mais do que nunca, é necessário mudar o olhar sobre a cadeia de saúde e colocar o paciente no centro. Afinal, o paciente está cada vez mais empoderado e consciente de sua jornada de saúde. Eles estão cada vez mais criteriosos e esperam um serviço de qualidade, conveniente e, de preferência, personalizado.
Além disso, não podemos esquecer do conceito “High Tech/High Touch”, que está ligado ao fato de que, ao mesmo tempo que a tecnologia aproxima e facilita o atendimento, ela também pode tornar as relações mais frias. Por isso, é importante o desenvolvimento de habilidades interpessoais com comunicação centrada no paciente, a fim de criar experiências positivas.
Ciente de todo esse cenário, a Seguros Unimed lançou um Super App para melhorar a experiência digital dos seus mais de 6 milhões de beneficiários, reunindo todos os serviços em um só lugar. “O Super App não é apenas a unificação dos nossos demais aplicativos, mas sim uma implantação de mais funções. É a primeira seguradora do Brasil a ter um Super App dessa forma”, afirma Henrique Dias, superintendente de Marketing e Produtos da Seguros Unimed.
Acesse o Radar da Inovação para conhecer essa e outras iniciativas no ramo Saúde. Veja também o e-book sobre "Telessaúde" e saiba como colocar em prática o atendimento a distância.
Neste post, vimos 5 tendências latentes para a saúde, mas há outros tópicos que também merecem atenção por parte das cooperativas de saúde, como: cuidados preventivos, aplicativos e wearables para o monitoramento da saúde, envelhecimento ativo, abordagem holística, saúde mental, entre outros. É importante estarmos com radar ligado para acompanharmos todas as transformações do nosso contexto.
Via: InovaCoop
Representantes do Sistema OCB estiveram, nesta segunda-feira, no lançamento online da plataforma Participa + Brasil, do governo federal. Esse novo portal eletrônico visa promover serviços ligados à participação da sociedade na formulação, implementação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas da União, além de qualificar o processo de participação social a partir da disponibilização de módulos para divulgação de consultas e audiências públicas, pesquisas e no incentivo de boas práticas.
Com essa iniciativa, o governo federal espera estimular a interação com a sociedade, bem como aumentar a transparência das iniciativas de promoção de políticas públicas. O evento ocorreu no salão nobre do Palácio do Planalto e contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, dentre outras autoridades.
Para mais informações, basta acessar o seguinte site: https://www.gov.br/participamaisbrasil/
O novo ciclo do Programa Nacional de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC - 2021) foi lançado nesta segunda-feira, num evento online que reuniu profissionais da área de comunicação das unidades estaduais do Sistema OCB para tratar dos resultados da campanha de valorização do cooperativismo. Mais de 40 pessoas participaram do lançamento que também contou com a presença do superintendente, Renato Nobile, da gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira, e das gerentes Daniela Lemke (Comunicação) e Susan Vilela (Desenvolvimento Organizacional).
O superintendente destacou a importância da união estratégica para o andamento de todos os processos que envolvem as iniciativas e campanhas do Sistema OCB. “Os comunicadores são essenciais para fazer essas mensagens chegarem até as cooperativas, nossa grande razão de ser. Por isso, quanto mais alinhados estivermos, mais eficazes serão nossas ações”, enfatiza.
A gerente de Comunicação apresentou os resultados da primeira fase da campanha de valorização do cooperativismo, iniciada em novembro do ano passado e que tem como embaixador o atleta que se tornou ídolo do esporte brasileiro: o tenista Gustavo Kuerten. De acordo com ela, em 2020, o trabalho focado nas redes sociais, por exemplo, objetivou despertar a atenção do público para o cooperativismo, gerar familiaridade e engajamento com o tema e os números gerais refletem um resultado totalmente alinhado com esses objetivos.
“Para se ter uma ideia, as publicações no Facebook alcançaram 348% a mais de pessoas impactadas, e o consumo de informações no perfil também cresceu: 620% no total. Quando falamos em Instagram, registramos 75% a mais de visitas ao perfil e aumento de 86% nos comentários orgânicos das publicações”, destacou Daniela, entre outros dados.
PDGC
O ciclo 2021 do PDGC apresenta algumas inovações no sistema, implementadas com base nas necessidades das cooperativas e das unidades nacionais (clique aqui para saber mais). Para conferir todos os detalhes das novidades deste ano, navegue pelo site do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão (aqui).
EXCELÊNCIA
A partir de hoje começa, também, as inscrições à edição do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão - 2021. O período de inscrição vai do dia 8/2 a 30/4.
Segundo Susan Vilela, gerente de Desenvolvimento Organizacional do Sescoop, uma das mudanças que envolvem essa edição do prêmio diz respeito às visitas realizadas às cooperativas. “Visando à segurança e a saúde dos participantes, algumas alterações foram necessárias, como a etapa de visitas. Elas serão realizadas de forma virtual. Com esse novo jeito de visita, além de garantir o bem-estar dos cooperados, colaboradores de cooperativa e dos especialistas que estarão envolvidos no processo, será possível aumentar o número de cooperativas avaliadas”, explica a gerente.
SELO
As coops que participarem desse novo ciclo e obtiverem uma nota específica, a ser prevista no edital, receberão um selo de excelência, certificando que foram avaliadas e auditadas e que possuem um bom nível de maturidade. Esse selo poderá ser utilizado como estratégia de marketing das coops.
DESTAQUE
Outra novidade para o prêmio deste ano é o Destaque Busca pela Excelência. Ao todo, 10 coops serão escolhidas e receberão essa menção honrosa, visando valorizar a participação daquelas que se empenham em melhorar seus processos de gestão. Essa novidade é dirigida às coops que ainda não atingiram o nível de Excelência, mas que estão muito próximas. No total, 10 coops – duas de cada região do país – serão escolhidas.
Para saber mais, clique aqui.
O ciclo 2021 do Programa Nacional de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) começa hoje, dia 8 de fevereiro e, a partir deste ano, com uma novidade: inovação no sistema. A ideia é simples: deixá-lo mais ágil e amigável para os usuários. Todos os usuários do novo sistema Governança e Gestão deverão realizar novo cadastro de usuário ou solicitar acesso. A antiga versão do sistema PDGC continua no ar para fins de consulta do histórico referente aos anos 2013 a 2020. Você pode acessar a nova versão aqui.
As melhorias do novo sistema foram realizadas de forma colaborativa com representantes de cooperativas e unidades estaduais, fruto de um trabalho realizado em fevereiro do ano passado. Dentre as novas funcionalidades estão, por exemplo:
• Integração com outras plataformas do Sistema OCB, como o SouCoop;
• Possibilidade de realizar a autoavaliação de forma coletiva na cooperativa, ou seja, dando responsabilidade ao gestor do processo na cooperativa;
• As Centrais e Federações poderão realizar a gestão de forma sistêmica de suas singulares, desde que autorizado;
• Acesso a mais um serviço disponibilizado pelo Sescoop: o Diagnóstico Assistido, que consiste em orientação e transferência de conhecimento de práticas e evidências entre os responsáveis pelo processo na cooperativa.
Vale destacar que o sistema antigo continuará disponível para fins de consulta de ciclos anteriores, até que todo o histórico seja migrado em definitivo para o novo ambiente.
NÚMEROS
Em 2020, mesmo com os efeitos da pandemia e apesar não ser o ano de realização do prêmio, a participação das cooperativas surpreendeu. No total, 1003 coops aderiram ao PDGC. Isso significa que elas estão num processo contínuo de melhoria, o que demonstra maturidade ao trilhar um caminho de fortalecimento dos negócios. O recorde foi em 2019, quando 1013 cooperativas participaram. Confira a distribuição dos números, considerando os ramos:
Ramo |
Coops |
Crédito |
347 |
Saúde |
251 |
Transporte |
74 |
Consumo |
26 |
Agropecuário |
181 |
Infraestrutura |
41 |
Trabalho, Produção de Bens e Serviços |
83 |
Total Geral |
1003 |
Considerando as regiões do país, o resultado é o seguinte:
Região |
Coops |
Centro-Oeste |
86 |
Nordeste |
117 |
Norte |
41 |
Sudeste |
496 |
Sul |
263 |
Total |
1003 |
EXCELÊNCIA EM GESTÃO
A unidade nacional do Sescoop confirmou a realização da quinta edição do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão - 2021. O período de inscrição vai do dia 8/2 a 30/4. Ela deve ser efetivada já no novo sistema do PDGC.
Segundo Susan Vilela, gerente de Desenvolvimento Organizacional do Sescoop, uma das mudanças que envolvem essa edição do prêmio diz respeito às visitas realizadas às cooperativas. “Visando à segurança e a saúde dos participantes, algumas alterações foram necessárias, como a etapa de visitas. Elas serão realizadas de forma virtual. Com esse novo jeito de visita, além de garantir o bem-estar dos cooperados, colaboradores de cooperativa e dos especialistas que estarão envolvidos no processo, será possível aumentar o número de cooperativas avaliadas”, explica a gerente.
SELO DE EXCELÊNCIA
As coops que participarem desse novo ciclo de premiação e obtiverem o índice mínimo definido pela Banca Julgadora, receberão um selo de excelência, certificando que foram avaliadas e possuem processos de excelência. Esse selo poderá ser utilizado como estratégia de marketing, por exemplo.
DESTAQUE
Outra novidade para o prêmio deste ano é o Destaque Busca pela Excelência. Serão escolhidas cooperativas das cinco regiões do Brasil para receberem menção honrosa, visando valorizar a participação daquelas que se empenham em melhorar seus processos de gestão e governança. Essa novidade é dirigida às coops que ainda não foram reconhecidas, mas que estão muito próximas desse reconhecimento.
REGULAMENTO
O regulamento e o site com mais informações serão disponibilizados em breve.
Entender o pensamento e o comportamento do consumidor sempre foi uma preocupação das equipes de marketing. E com a evolução do conhecimento e da ciência, diversos foram os estudos realizados nesse sentido. Entre as novidades da área está o neuromarketing, que busca compreender as alterações cognitivas que ocorrem conosco ao nos relacionarmos com as marcas.
Embora em um primeiro momento essa ideia possa parecer um pouco de “ficção científica”, o neuromarketing tem ganhado terreno e está sendo usado com sucesso em diversas campanhas de marcas ou políticos, inclusive com destaque na eleição de Barack Obama em 2012 e depois na campanha de Donald Trump em 2016.
Outro exemplo bem legal de aplicação do neuromarketing é na rede da hamburgueria Five Guys, que utiliza as estratégias no seu ponto de venda e até na forma de entregar os lanches aos consumidores. São várias as ações usadas, como o poder do “grátis”, oferecendo mais itens para que os clientes sintam-se satisfeitos e até “dicas” de outros consumidores no menu, funcionando como uma prova social.
O que é o neuromarketing e qual sua importância?
O neuromarketing é a ciência que estuda o comportamento do consumidor, avaliando de que forma o nosso cérebro reage quando somos expostos à marcas e incentivos de compra.
Para isso, são usadas técnicas de pesquisa da neurociência aliadas aos estudos da psicologia do comportamento do consumidor e do marketing. Os estudos usam imagens e outros mecanismos para avaliar as respostas e reações do nosso cérebro aos estímulos externos, entendendo o que influencia o nosso poder de decisão.
Assim, é possível compreendermos melhor o nosso inconsciente e o papel dele nas decisões de compra, criando campanhas mais efetivas e “impossíveis” de serem ignoradas pelo nosso cérebro, criando sentimentos como desejo, urgência e até vínculo afetivo.
As pesquisas, apesar de recentes, já possuem algumas conclusões que demostram que ao estimular emoções, memórias e experiências positivas é possível fazer com que os clientes se afeiçoem a determinadas marcas, tornando-se mais fiéis a elas.
Vantagens
Ao entender e usar esse novo campo do conhecimento, é possível:
- desenvolver campanhas que sejam mais focadas nas respostas do subconsciente dos consumidores, tornando as mensagens mais efetivas;
- compreender melhor as reações dos seus consumidores a itens como som, cor, cheiro, textura, sabor, formato e demais características do seu produto, tornando-o mais memorável para essas pessoas;
- aplicar pesquisas de desenvolvimento de produtos com resultados mais próximos da realidade;
- entender profundamente o comportamento do seu consumidor, pensando em ações publicitárias e também inovações que ajudem a traduzir esses desejos;
- criar experiências únicas e valiosas para essas pessoas, modificando a percepção e o relacionamento delas com a sua marca.
Neuromarketing e comportamento do consumidor: qual a relação?
Como dissemos, o neuromarketing é o campo de estudo que visa entender melhor como o nosso cérebro funciona ao mantermos contato com organizações, produtos, serviços e propagandas.
O nosso processo de decisão, apesar de parecer, não é algo racional e lógico. Existe uma participação significativa do nosso inconsciente de acordo com os estímulos que o nosso cérebro recebe.
Compreender quais são esses estímulos e como eles agem no cérebro das pessoas auxilia a perceber melhor o comportamento do consumidor, criando ações e soluções mais efetivas. De uma maneira bem simples e didática, podemos dividir o nosso cérebro em 3 partes, que são:
- cérebro reptiliano: é o nosso “cérebro” primitivo e ligado à sobrevivência, controlando pontos como respiração e batimentos cardíacos. Ele é ativado por emoções mais primitivas como a raiva, o medo ou a fome;
- cérebro límbico: responsável por armazenar informações e processar emoções mais complexas (não ligadas à sobrevivência). É ativada por sensações que envolvam olfato, visão, paladar, tato e audição;
- neocórtex: responsável pelo nosso raciocínio lógico e envolvimento social.
Os estímulos externos (sons, cheiros, interações com outras pessoas, propagandas etc.) conseguem ativar, ainda que de forma inconsciente, os sistemas límbicos e reptilianos do nosso cérebro, influenciando as nossas decisões.
Quando isso acontece, o neocórtex entra em cena, tentando dar uma “explicação racional” para a nossa decisão. É aí que montamos a nossa experiência com as marcas.
Por exemplo, para um apaixonado por livros é difícil explicar porque ele comprou mais 1 exemplar sendo que já tem mais de 10 parados na estante. O neocórtex explicará questões sobre o título, a resenha e o autor. Mas os outros sentidos podem ter ajudado nesse processo, despertando sensações ao folhear o livro, manusear as páginas, sentir o cheiro, entrar em uma livraria e assim por diante.
Em quais áreas o neuromarketing pode ser aplicado?
É importante compreender que o neuromarketing não é uma nova “maneira” de fazer o marketing, mas sim um campo de estudo, cujo conhecimento pode ser aplicado em uma infinidade de áreas dentro dos negócios. Veja as principais.
Inovar é indispensável em qualquer negócio. Mas para essa inovação fazer sentido ela precisa ser focada nas pessoas, trazendo soluções para as suas demandas.
O neuromarketing ajuda a compreender melhor a mente dos seus consumidores, inclusive as questões do subconsciente, que nem sempre estão visíveis nas tradicionais pesquisas de mercado.
Ao entender profundamente as relações cognitivas que essas pessoas fazem ao se relacionar com seus produtos e propagandas, fica mais fácil pensar em inovações e lançamentos de linhas e produtos que realmente façam sentido e tenham significado para os seus clientes.
É possível, por exemplo, pensar em novas cores, sabores ou até cheiros que ajudem a despertar sensações positivas nessas pessoas, criando vínculos afetivos e aumentando a relação desses consumidores com a sua cooperativa.
O branding é todo o conjunto de ações que ajuda a criar a identidade da sua marca. É ele que associa características e qualidades (até mesmo intangíveis) a sua cooperativa. Quanto mais forte for o branding, melhor será o reconhecimento de mercado, o preço premium e a lembrança das pessoas ao seu negócio.
Está difícil? Porque ao comprar um refrigerante de cola, a primeira marca que vem à lembrança de muitas pessoas é a Coca-Cola? Muitos vão responder pelo sabor e qualidade, mas outros farão associações como cheiro, gosto, boas lembranças, marca de respeito etc.
Todos esses atributos são trabalhados pelo branding e ajudam a valorizar e diferenciar uma marca, posicionando-a corretamente frente à concorrência.
Ao usar os conhecimentos do neuromarketing, você entenderá melhor as associações inconscientes feitas pelos seus consumidores e terá mais dados valiosos para trabalhar as suas campanhas de branding.
Por que as pessoas decidem comprar de você? Ao entrarem no seu ponto de venda, o que influencia essa compra? Ou ao se relacionarem com a sua propaganda, quais estímulos são decisivos?
Entender o comportamento do consumidor de uma maneira profunda oferece subsídios essenciais para a sua tomada de decisão, por exemplo, modificando aspectos dentro do seu PDV, como vitrine, iluminação, cheiros, som ambiente etc.
O seu produto e a embalagem dele também podem ser modificados pensando na decisão de compra, criando uma experiência sensorial difícil de ser recusada pelos seus consumidores.
Esse conhecimento preciso pode ser aplicado para decidir vários pontos do seu negócio, como a forma de se pronunciar dos seus representantes, a propaganda on e offline, o design dos produtos e serviços, os programas de fidelidade etc.
Como usar essa ciência na minha cooperativa?
Apesar de os estudos em neuromarketing envolverem questões complexas, como eletroencefalogramas e imagens de ressonância magnética, existem alguns itens que você pode começar a usar na sua cooperativa, sem necessariamente investir nessas pesquisas. Confira!
Os estudos têm mostrado que os conteúdos visuais conseguem envolver mais as pessoas do que frases de efeito. Assim, você poderá usar nas suas propagandas imagens do seu produto ou que contextualizem a sua mensagem.
Os rostos de pessoas felizes, de crianças e de bebês atraem muito a atenção, afinal somos seres sociáveis. Por isso, uma boa ideia é investir em imagens com rostos de pessoas para as ações nas redes sociais, por exemplo.
As cores são capazes de afetar as nossas emoções e a psicologia das cores faz justamente esse estudo. Assim, escolher as tonalidades certas para seu logotipo, embalagem e produto faz toda a diferença na hora de despertar boas.
A confiança é a base de qualquer relacionamento e é importante que a sua marca mostre confiar nos seus consumidores, por exemplo, oferecendo uma versão gratuita para testes, dando garantia incondicional de 30 dias após a compra (para desistência em caso de arrependimento), fornecendo mais opções de pagamentos etc.
Conclusão
Como você viu, o neuromarketing é um novo campo de estudo do marketing que utiliza dados de pesquisa da neurociência para compreender mais profundamente o comportamento do consumidor e os pontos que influenciam a sua tomada de decisão e relacionamento com as marcas.
Ao trabalhar justamente com o inconsciente, vale a pena também lembrarmos sobre a importância da ética, para não usar esses conhecimentos de maneira manipulativa ou abusiva, mas sim para tornar suas campanhas, ações, inovações e design de produtos mais efetivos aos desejos da sua clientela.
Via: InovaCoop
A tecnologia avança cada vez mais na agricultura do Brasil. Prova disso é que 84% dos agricultores entrevistados numa pesquisa da Embrapa já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola. A pesquisa, que contou com 750 participantes, foi realizada em parceria com o Sebrae e o Inpe.
Termos como sensores, drones, big data, gerenciamento de dados e tantos outros são cada vez mais comuns no agro brasileiro. Por isso, não há dúvidas de que a agricultura digital passou a contribuir de forma significativa para o aumento da rentabilidade e produtividade no campo.
Pensando nisso, o objetivo deste post é apresentar o que é a agricultura digital, as aplicações, o panorama do uso das tecnologias no país e alguns exemplos de cooperativas agropecuárias que vêm apostando em tecnologia e inovação.
O que é agricultura digital
Podemos resumir a agricultura digital ou agricultura 4.0 como um conjunto de tecnologias que auxiliam o produtor nas mais diversas atividades rurais. Um exemplo são os softwares e dispositivos que coletam e analisam dados sobre a lavoura para basear decisões estratégicas.
Quando falamos de dados, estamos nos referindo a informações sobre clima, solo, lavoura, equipamentos etc. Com essas e outras informações, os sistemas de gerenciamento de dados conseguem entender todas as variáveis e, assim, propor as melhores soluções, como pulverização, adubação em taxas variáveis, planejamento mais preciso na aplicação de defensivos, entre outras soluções.
Portanto, os serviços ficam muito mais precisos e as decisões passam a ser tomadas com base em dados reais, além de possibilitar que o produtor saiba o exato momento e a quantidade certa de recursos a ser utilizada. Então, quanto mais tecnologia, mais previsibilidade para o produtor, que pode ter mais produtividade sem necessariamente aumentar a área de sua lavoura.
Isso tudo nos remete à chamada agricultura de precisão, termo que surgiu antes da agricultura digital. Na verdade, a agricultura digital é uma derivação ou a evolução do conceito de agricultura de precisão, conforme explica Antônio Luis Santi, professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e coordenador do Laboratório de Agricultura de Precisão da UFSM.
“A agricultura de precisão surgiu no final da década de 1990, trazendo uma bagagem de softwares, sensores e de atuadores ao agricultor. Com a evolução da tecnologia, em 2017, por meio da chegada das imagens via satélite, da evolução da internet, nós assistimos a uma nova revolução digital: os algoritmos gerados por plataformas começaram a cruzar as informações geradas no campo pela agricultura de precisão e a integrar os dados e a gerar índices”, explicou o professor ao blog da Climate Fieldview.
Portanto, a agricultura digital veio para melhorar o que a agricultura de precisão já faz, que é entender a variabilidade do solo e, a partir disso, evoluir e compreender o cenário da planta dentro do sistema produtivo. “A agricultura digital é uma quebra de paradigma, pois o olhar agronômico não fica mais generalizado”, completa o professor.
Principais aplicações e tecnologias
Para ser viabilizada, a agricultura digital demanda automatização, tecnologia de ponta e análise de dados. Esse tripé garante, entre outras coisas, a melhora da produtividade agrícola, a eficiência na utilização de insumos, o aumento da segurança dos trabalhadores e a redução de custos e impactos ambientais.
A seguir, listamos algumas aplicações que viabilizam a agricultura digital:
Esses são apenas alguns exemplos de tecnologias já utilizadas no setor atualmente. Se usadas corretamente, elas ajudam as cooperativas a otimizar todo o processo ao longo da cadeia produtiva, reduzindo perdas e aumentando a produtividade. Por exemplo: se houver infestação de pragas na sua plantação, o produtor consegue, por meio de sensores, identificar o local exato que foi infestado. Assim, ele abre a pulverização somente nesses locais específicos, trazendo economia e eficiência.
Por falar em economia, outro exemplo são os sistemas de irrigação inteligente. A água é aplicada ao solo de acordo com a necessidade hídrica da planta. Aplicativos e softwares determinam, sem desperdício, a quantidade de água a ser aplicada por meio de dados coletados por sensores.
Mas lembre-se: nem sempre é necessário adquirir equipamentos com tecnologia de ponta para adotar a agricultura digital. Celulares, tablets e computadores com acesso à internet já possibilitam o uso da agricultura digital por meio de aplicativos e softwares. Além disso, o produtor deve saber qual problema tem de resolver. Só assim poderá saber qual tecnologia deve aplicar.
Panorama da agricultura digital no Brasil
Agora que você já sabe o que é agricultura digital, chegou a hora de conhecer melhor esse mercado no Brasil. Para isso, vamos apresentar alguns dados da pesquisa realizada pela Embrapa em parceria com o Sebrae e o Inpe, que contou com mais de 750 participantes entre produtores rurais, empresas e prestadores de serviço - destes últimos, mais da metade atua de alguma forma associada a cooperativas ou outras entidades ligadas ao produtor.
O estudo mostrou que boa parte dos produtores rurais que participaram da pesquisa já utiliza aplicações a partir de sensores remotos e de campo, eletrônica, aplicativos ou plataformas digitais para fins específicos em uma cultura ou sistema de produção.
Veja alguns números de destaque da pesquisa:
- 84% dos produtores rurais utilizam pelo menos uma tecnologia digital no processo produtivo;
- 68% adquiriram e fazem uso de tecnologia digital por conta própria;
- 31% tiveram acesso aos serviços por meio de terceiros, como cooperativas e associações.
Sobre as tecnologias digitais mais utilizadas, a pesquisa revelou que:
- 70,4% usam a internet para atividades gerais da propriedade;
- 57,5% usam aplicativos como WhatsApp e Facebook para comercialização;
- 22,2% usam aplicativos ou programas de gestão da propriedade;
- 20,4% usam GPS;
- 17,5% usam imagens de satélite, avião ou drone;
- 16,3% possuem sensores instalados no campo.
O pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (SP) e coordenador do estudo, Édson Bolfe, destaca um número que mostra a tendência de alta da agricultura digital: 95% dos produtores desejam mais informações sobre o assunto. Além disso, ele vê como áreas com tendência de crescimento aquelas voltadas para o bem-estar animal, citada por 21,2% dos respondentes; e para certificação e rastreabilidade dos alimentos, mencionada por 13,7% deles.
Para a pesquisadora do Inpe, Ieda Sanches, o levantamento evidencia também um interesse bastante relevante em várias soluções para a agricultura que podem ser viabilizadas com a ajuda do sensoriamento remoto, tanto aéreo quanto orbital. São aplicações para detecção e controle de plantas daninhas, pragas e doenças, falhas de plantio e para estimativa de produção e produtividade.
De fato, a pesquisa demonstra uma mudança no setor e uma tendência de transformações ainda maiores. “É a nova agricultura. Existe uma projeção para 2030 indicando que haverá uma intensa revolução no campo e ela já começou”, comenta Francisco Severino, gerente técnico corporativo da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana). A cooperativa firmou parceria com a Embrapa no fim de 2019 para inovar no modelo de trabalho, melhorando a produtividade e, consequentemente, a renda dos produtores, com o uso de tecnologia blockchain e soluções em sensoriamento remoto.
Além de apoiar a produção, as soluções digitais também apoiam a área comercial: 40,5% dos agricultores já utilizam tecnologias digitais para atividades de compra e venda, como é o da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc). Por meio da parceria com startups de Salvador e São Paulo, eles estão conseguindo chegar a novos mercados e reverter uma queda de mais de 70% nas vendas, causada pela pandemia em 2020.
Obstáculos a serem superados
Por outro lado, algumas barreiras ainda desestimulam a agricultura digital. Os resultados indicam que, para 67,1%, o valor do investimento para a aquisição de equipamentos e aplicativos assusta o agricultor. A questão aparece à frente de problemas estruturais (mencionados por 61,4% dos profissionais), como a qualidade de conexão na área rural. No entanto, já existem soluções acessíveis no mercado, que podem ajudar o produtor no início da jornada de agricultura digital.
Segundo a Embrapa, pequenos e médios produtores ainda dependem muito de políticas públicas que favoreçam a inserção de tecnologias como essa. Uma alternativa apontada é a adoção da tecnologia via cooperativas e prestadores de serviço, que poderão atender vários grupos de uma região.
Visando ampliar a disseminação da agricultura digital no país, foi criada, em 2019, a Câmara do Agro 4.0, resultado de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) faz parte do Conselho Superior da iniciativa ao lado de representantes do Mapa, do MCTIC e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Veja aqui mais informações sobre a Câmara do Agro 4.0.
Outra novidade recente, no sentido de levar mais conectividade ao campo, são as duas leis publicadas pelo governo federal após mobilização da OCB e de outras entidades do agro e do setor telecom. São elas:
- Lei nº 14.109/2020, que trata da utilização de recursos do Fust para conectividade rural;
- Lei nº 14.108/2020, sobre desoneração da internet das coisas.
Para o Sistema OCB, as novas legislações garantem um ambiente favorável para o avanço da conectividade rural, considerando que um dos grandes empecilhos para a implantação de infraestrutura de internet no campo era justamente o fomento a projetos com essa finalidade, por meio de financiamentos com custo acessível.
Com o incentivo a diferentes arranjos produtivos para essa atividade, as novas legislações vão estimular consequentemente o fortalecimento das cooperativas de telecom, além, é claro, de promover a agricultura digital nas cooperativas agro.
Inovação nas cooperativas agro
Para completar o panorama da agricultura digital, destacamos algumas iniciativas dentre as várias existentes no cooperativismo atualmente. A Coopercitrus, por exemplo, agregou novas soluções em seu portfólio de serviços de agricultura de precisão, levando seus cooperados para o que ela já chama de “Agricultura 5.0”.
Entre os serviços disponíveis estão:
- Mapeamento de áreas por satélite;
- Análise de solo georreferenciada;
- Aplicação de insumos agrícolas a taxas variáveis;
- Pulverização localizada com drones;
- Tecnologias para plantio, irrigação e pulverizações com alta precisão.
Com um departamento exclusivo para a área de Tecnologia Agrícola, a Coopercitrus mantém um time de profissionais dedicados a viabilizar as inovações para os produtores, elaborando projetos, fazendo a prestação dos serviços e análise de informações. Essa política contribui para que os cooperados, principalmente pequenos e médios, tenham acesso às principais inovações do mercado em suas propriedades.
E para facilitar ainda mais o acesso a esses recursos, a cooperativa disponibiliza o aplicativo Coopercitrus Campo Digital para que os cooperados possam conhecer as soluções disponíveis e solicitar a aplicação em sua propriedade, direto pelo celular ou pelo computador.
Da região Sul, podemos destacar o exemplo da Fundação ABC, instituto de pesquisa agropecuária privado mantido pela intercooperação de Frísia, Castrolanda e Capal. Ela implantou um campo experimental de agricultura inteligente para orientar seus mais de 5 mil associados de cooperativas parceiras na escolha e utilização de novas tecnologias.
Numa área batizada de “ABC Smart Farming”, a Fundação ABC decidiu aplicar as soluções em campo para a próxima safra verão em uma área de 29,15 hectares, no município de Ponta Grossa (PR). Os pesquisadores mediram a condutividade elétrica do solo, o que permitiu entender os tipos de solo presentes na área, bem como definir os pontos de coleta para análise.
Com resultados apurados através de algoritmos, foi possível entender a variedade de textura da área, de umidade e também os teores de fertilidade do solo. A Fundação também fez a captação de imagens espectrais do solo, para verificar a quantidade de matéria orgânica através de um aparelho e algoritmo desenvolvido pela própria instituição.
Por fim, vale lembrar que o case vencedor do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2020 na categoria Inovação é do cooperativismo agro: Avance Hub, da Coplacana. O hub de inovação surgiu porque a Coplacana era muito assediada por fornecedores ofertando novos produtos e serviços. Ao mesmo tempo, se via no desafio de acompanhar o boom das tecnologias no campo e saber selecionar as que realmente faziam sentido para seu cooperado.
Dessa forma, o projeto surgiu para lidar com essas demandas, garantindo uma visão estruturada da inovação e apoiando a cooperativa na seleção de produtos e serviços inovadores, inclusive testando e validando cada uma deles.
Afinal, como alertamos ao longo do texto, há várias tecnologias e inovações disponíveis, mas o primeiro passo da cooperativa é entender a sua real necessidade no campo. Só assim poderá escolher a melhor solução e fazer os investimentos necessários, de forma consciente.
Via: InovaCoop
Primeira fase da novidade, que promete melhorar a oferta de serviços financeiros, começa nesta segunda-feira. O Banco Central lança, nesta segunda-feira (1), a primeira fase do open banking. A novidade promete melhorar a oferta de serviços financeiros a partir do compartilhamento de dados bancários.
Por meio do open banking, os clientes terão o poder sobre as informações levantadas pelas instituições financeiras, como dados cadastrais e histórico de transações. De posse desses dados, os clientes poderão procurar outros bancos e incentivar a competição por serviços e crédito mais barato e de melhor qualidade.
A primeira fase do programa começaria a vigorar no fim de novembro, mas foi adiada para este mês a pedido das instituições financeiras. Elas alegaram que estavam com os serviços tecnológicos comprometidos com a pandemia de Covid-19, que aumentou as transações eletrônicas, o pagamento do auxílio emergencial, a implementação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos, e o registro de recebíveis de cartões.
O cronograma do open banking tem quatro etapas e também sofreu ajustes. A segunda fase passou de 31 de maio para 15 de julho. A terceira foi mantida para 30 de agosto. A quarta e última fase foi transferida de 25 de outubro para 15 de dezembro. Na etapa final, as instituições financeiras poderão trocar informações entre si para oferecer produtos personalizados a cada cliente.
No anúncio do adiamento da primeira fase, no fim de novembro, o consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Mardilson Fernandes Queiroz, afirmou que o open banking mudará a lógica de funcionamento do sistema financeiro. Ele enumerou três vantagens, como a oferta de produtos com juros mais adequados a cada cliente, o aumento da concorrência e a inclusão de brasileiros no sistema bancário.
Queiroz ressaltou que países como o Reino Unido levaram pelo menos cinco anos para adotar o open banking. O técnico do BC, no entanto, reiterou que as quatro etapas serão concluídas em 2021, com a possibilidade de inclusão de produtos e serviços nos anos seguintes, como ocorre com o internet banking e o Pix.
Fonte: Agência Brasil | | Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil